25 de dezembro de 2009

Empirismo


Na filosofia, Empirismo é um movimento que acredita nas experiências como únicas (ou principais) formadoras das ideias, discordando, portanto, da noção de ideias inatas.

Já que empírico é um tipo de conhecimento "enciclopédico" fundamentado noutros, consagradamente notáveis, porem conflitantes com inéditos cuja base é cientifica.

Na ciência, o empirismo é normalmente utilizado quando falamos no método científico tradicional (que é originário do empirismo filosófico), o qual defende que as teorias científicas devem ser baseadas na observação do mundo, em vez da intuição ou da fé, como lhe foi passado.

O termo tem uma etimologia dupla. A palavra latina experientia, de onde deriva a palavra "experiência", é originária da expressão grega εμπειρισμός. Por outro lado, deriva-se também de um uso mais específico da palavra empírico, relativo aos médicos cuja habilidade derive da experiência prática e não da instrução da teoria.

24 de dezembro de 2009

Pseudociência


Uma pseudociência é qualquer tipo de informação que se diz ser baseada em factos científicos, ou mesmo como tendo um alto padrão de conhecimento, mas que não resulta da aplicação de métodos científicos.

Motivações para a defesa ou promoção de uma pseudociência variam de um simples desconhecimento acerca da natureza da ciência ou do método científico, a uma estratégia deliberada para obter benefícios financeiros, filosóficos ou de outra natureza. Algumas pessoas consideram algumas ou todas as formas de pseudociências como um entretenimento sem riscos. Outros, como Richard Dawkins, consideram todas as formas de pseudociência perigosas, independentemente destas resultarem ou não em danos imediatos para os seus seguidores.

Classificação das pseudociências

Tipicamente, as pseudociências falham ao não adoptar os critérios da ciência em geral (incluindo o método científico), e podem ser identificadas por uma combinação de uma destas características:
  • Ao aceitar verdades sem o suporte de uma evidência experimental;
  • Ao aceitar verdades que contradizem resultados experimentais estabelecidos;
  • Por deixar de fornecer uma possibilidade experimental de reproduzir os seus resultados;
  • Ao aceitar verdades que violam falseabilidade;
  • Por violar a Razão de Occam (o princípio da escolha da explicação mais simples quando múltiplas explicações viáveis são possíveis); quanto pior for a escolha, maior será a possibilidade de errar.
Pseudociências são distinguíveis de filosofias, revelações, teologias ou espiritualidade pois elas dizem revelar a verdade do mundo físico por meios científicos (ou seja, muitas normalmente de acordo com o método científico). Sistemas de pensamento que se baseiam em pensamentos de origem "filosófica", "divina" ou "inspirados" não são considerados pseudociência se eles não afirmam serem científicos ou não vão contra a ciência.

Pseudociência comparada à protociência

A pseudociência difere também da protociência. A última pode ser definida como especulações ou hipóteses que ainda não foram testadas adequadamente por um método científico, mas que é de todo modo consistente com a ciência existente ou que, sendo inconsistente, oferece uma explicação razoável para a inconsistência. Pseudociência, ao contrário, procura testes adequados ou a possibilidade destes, ocasionalmente não testáveis em princípio, e seus defensores são frequentemente estridentes em insistir que os resultados científicos existentes estão errados. A Pseudociência frequentemente não responde aos procedimentos científicos normais (exemplo, revisões, pubilicações em periódicos padrões). Em alguns casos, não é possível, aplicando métodos científicos, contradizer uma hipótese pseudocientífica (verdades não testáveis) e a falha em contradizer é frequentemente citada como uma evidência da verdade da pseudociência.

As fronteiras entre pseudociência, protociência, e a ciência "real" são frequentemente pouco claras para observadores não especialistas. Elas podem ser mesmo obscuras para especialistas. Muitas pessoas já tentaram estabelecer um critério objetivo para o termo, com pouco sucesso. Frequentemente o termo é utilizado como uma expressão pejorativa para significar uma opinião sobre um assunto, independente de qualquer medida objetiva.

Se as verdades de uma dada pseudociência pudessem ser experimentalmente testadas ela pode ser uma ciência real, mesmo que não seja usual ou intuitivamente inaceitável. Se ela não pode ser testada, ela deve ser uma pseudociência. Se as assertivas feitas são inconsistentes com os resultados experimentais existentes ou com a teoria estabelecida, ela é frequentemente uma pseudociência. Ao contrário, se as assertivas desta "ciência" não podem ser testadas experimentalmente ela não deve ser uma ciência real, entretanto aceita ou intuitivamente aceitável.

Nesta circunstâncias é difícil de distinguir qual de duas "ciências" opostas é válida; por exemplo, ambos os proponentes e oponentes do Protocolo de Quioto sobre o aquecimento global pediram auxílio a cientistas para apoiar posições científicas contraditórias, devido aos diferentes objetivos políticos. Este engajamento da ciência à serviço da política é muitas vezes chamado "ciência suja".

22 de dezembro de 2009

Paradoxo



Um paradoxo é uma declaração aparentemente verdadeira que leva a uma contradição lógica, ou a uma situação que contradiz a intuição comum. Em termos simples, um paradoxo é "o oposto do que alguém pensa ser a verdade". A identificação de um paradoxo baseado em conceitos aparentemente simples e racionais tem, por vezes, auxiliado significativamente o progresso da ciência, filosofia e matemática.

A etimologia da palavra paradoxo pode ser traçada a textos que remontam à aurora da Renascença, um período de acelerado pensamento científico na Europa e Ásia que começou por volta do ano de 1500. As primeiras formas da palavra tiveram por base a palavra latina paradoxum, mas também são encontradas em textos em grego como paradoxon (entretanto, o Latim é fortemente derivado do alfabeto grego e, além do mais, o Português é também derivado do Latim romano, com a adição das letras "J" e "U"). A palavra é composta do prefixo para-, que quer dizer "contrário a", "alterado" ou "oposto de", conjugada com o sufixo nominal doxa, que quer dizer "opinião". Compare com ortodoxia e heterodoxo.

Na filosofia moral, o paradoxo tem um papel central nos debates sobre ética. Por exemplo, a admoestação ética para "amar o seu próximo" não apenas contrasta, mas está em contradição com um "próximo" armado tentando ativamente matar você: se ele é bem sucedido, você não será capaz de amá-lo. Mas atacá-lo preemptivamente ou restringi-lo não é usualmente entendido como algo amoroso. Isso pode ser considerado um dilema ético. Outro exemplo é o conflito entre a injunção contra roubar e o cuidado para com a família que depende do roubo para sobreviver.

Deve ser notado que muitos paradoxos dependem de uma suposição essencial: que a linguagem (falada, visual ou matemática) modela de forma acurada a realidade que descreve. Em física quântica, muitos comportamentos paradoxais podem ser observados (o princípio da incerteza de Heisenberg, por exemplo) e alguns já foram atribuídos ocasionalmente às limitações inerentes da linguagem e dos modelos científicos. Alfred Korzybski, que fundou o estudo da Semântica Geral, resume o conceito simplesmente declarando que, "O mapa não é o território".

Um exemplo comum das limitações da linguagem são algumas formas do verbo "ser". "Ser" não é definido claramente (a área de estudos filosóficos chamada ontologia ainda não produziu um significado concreto) e assim se uma declaração incluir "ser" com um elemento essencial, ela pode estar sujeita a paradoxos.

21 de dezembro de 2009

Sapiência


Sapiência, geralmente é definida como sabedoria, visto que é a capacidade de um organismo ou entidade para agir segundo um julgamento. Julgamento é uma facilidade mental que constitui-se numa forma particular de inteligência ou pode ser considerada uma capacidade adicional, acima da inteligência, com suas próprias propriedades. Robert Sternberg separou a capacidade de julgamento dos significados ordinários de inteligência, que estão mais próximos do sentido de esperteza do que de sabedoria. O bom julgamento em tomar decisões sobre questões sociais complexas é considerado um atributo de quem é sábio.

A palavra sapiência deriva da palavra latina para sabedoria, sapientia. Ambas estão relacionadas ao verbo latino sapere, que significa "provar, ser sábio, saber"; o particípio presente de sapere forma parte de Homo sapiens, a nomenclatura binomial criada por Carlos de Lineu para descrever a espécie humana. Lineu havia originalmente dado aos humanos o nome de espécie de diurnus, significando "homem do dia". Mas, posteriormente, decidiu que a característica dominante dos humanos era a sabedoria, daí a aplicação do nome sapiens. Seu nome biológico escolhido pretendia enfatizar a singularidade do homem e sua separação do resto do reino animal.

18 de dezembro de 2009

Proposição



Proposição é um termo usado em lógica para descrever o conteúdo de asserções. Uma asserção é um conteúdo que pode ser tomado como verdadeiro ou falso. Asserções são abstrações de sentenças não-lingüísticas que a constituem. A natureza das proposições é altamente controversa entre filósofos, muitos dos quais são céticos sobre a existência de proposições. Muitos lógicos preferem evitar o uso do termo proposição em favor de usar sentença.

Diferentes sentenças podem expressar a mesma proposição quando têm o mesmo significado. Por exemplo, "A neve é branca" e "Snow is white" são sentenças diferentes, mas ambas dizem a mesma coisa, a saber, que a neve é branca. Logo, expressam a mesma proposição. Outro exemplo de sentença que expressa a mesma proposição que as anteriores é "A precipitação de pequenos cristais de água congelada é branca", pois "precipitação de pequenos cristais de água congelada" é a definição de "neve".

Na lógica aristotélica uma proposição é um tipo particular de sentença, a saber, aquela que afirma ou nega um predicado de um sujeito.

Proposições são usualmente consideradas como o conteúdo de crenças e outros pensamentos representativos. Elas também podem ser o objeto de outras atitudes, como desejo, preferência, intenção, como em "Desejo um carro novo" e "Espero que chova", por exemplo.

Também não é raro contrastar com a noção de proposição como conteúdo mental a noção de proposições russellianas. De facto, boa parte da discusão em torno da natureza da proposição, travada no século xx e contemporaneamente, oscila, e por vezes tenta conciliar, ambas noções.

Objeções às proposições

Muitos filósofos e linguistas alegam que a noção de proposição é muito vaga ou inútil. Para eles, é apenas um conceito enganador que deve ser removido da filosofia e da semântica. Quine que a indeterminação da tradução impede qualquer discussão com sentido de proposições, e que as mesmas devem ser descartadas em favor das sentenças.

Todavia, como em réplica diz Alvin Plantiga (em The Nature of Necessity, Oxford:Clarendon Press,1974):
"Na medida em que a alegada debilidade [a falta de um claro critério de identidade] pode tornar-se toleravelmente clara, trata-se de uma debilidade que proposições compartilham com eléctrons, montanhas, guerras -- e sentenças."

Axioma


Um axioma é uma sentença ou proposição que não é provada ou demonstrada e é considerada como óbvia ou como um consenso inicial necessário para a construção ou aceitação de uma teoria. Por essa razão, é aceito como verdade e serve como ponto inicial para dedução e inferências de outras verdades (dependentes de teoria).

Na matemática, um axioma é uma hipótese inicial de qual outros enunciados são logicamente derivados. Pode ser uma sentença, uma proposição, um enunciado ou uma regra que permite a construção de um sistema formal. Diferentemente de teoremas, axiomas não podem ser derivados por princípios de dedução e nem são demonstráveis por derivações formais, simplesmente porque eles são hipóteses iniciais. Isto é, não há mais nada a partir do que eles seguem logicamente (em caso contrário eles seriam chamados teoremas). Em muitos contextos, "axioma", "postulado" e "hipótese" são usados como sinônimos.

Como foi visto na definição, um axioma não é necessariamente uma verdade auto-evidente, mas apenas uma expressão lógica formal usada em uma dedução, visando obter resultados mais facilmente. Axiomatizar um sistema é mostrar que suas inferências podem ser derivadas a partir de um pequeno e bem-definido conjunto de sentenças. Isto não significa que elas possam ser conhecidas independentemente, e tipicamente existem múltiplos meios para axiomatizar um dado sistema (como a aritmética). A matemática distingue dois tipos de axiomas: axiomas lógicos e axiomas não-lógicos.

Nas teorias das ciências naturais, um axioma é considerado uma verdade evidente que não precisa qualquer explicação e é aceita sem ser demonstrada ou provado no domínio de sua aplicação. A fraqueza, aplicabilidade ou utilidade de tais teorias logicamente corretas depende da escolha arbitrária de seus axiomas.

Na engenharia, axiomas são aceitos sem provas formais e suas escolhas são negociadas a partir do ponto de vista utilitário e econômico. Podem também ser considerados como hipóteses na modelagem e mudados depois da validação do modelo.

Declarações explícitas de axiomas é uma condição necessária para a computabilidade de uma teoria, modelo ou método. Neste caso, o axioma pode ser visto como um conceito relativo dependente de domínio, por exemplo, em cada programa de software, declarações iniciais podem ser consideradas como seus axiomas locais.

Etimologia

A palavra "axioma" vem do grego αξιωμα (axioma), que significa "considerado válido ou adequado" ou "considerado auto-evidente". A palavra é derivada de αξιοειν (axioein), que significa "considerar válido", que por sua vez é derivada de αξιος (axios), que significa "válido". Os antigos filósofos gregos viam um axioma como algo que pode ser considerado verdadeiro sem que fosse necessária qualquer demonstração.

Axiomatizar: um sistema é mostrar que suas inferências podem ser derivadas a partir de um pequeno e bem-definido conjunto de sentenças lógicas. Isto não significa que elas possam ser conhecidas independentemente, e tipicamente existem múltiplos meios para axiomatizar um dado sistema (como a aritmética). A matemática distingue dois tipos de axiomas: axiomas lógicos e axiomas não-lógicos.

Inferência: É uma conexão indireta entre assuntos.É uma ilação ou dedução.Nota: Para outros significados de Inferência, ver Inferência (desambiguação).

Em lógica, inferência é a passagem, através de regras válidas, do antecedente ao conseqüente de um argumento.

Contudo, tanto em Coaching quanto em Trabalho Organizacional, a inferência é aplicada em formato de ferramenta - a Escada da Inferência. Essa teoria foi desenvolvida por Chris Argyris, através de uma pesquisa em 1990, com o título de Ladder of Inference, e mostra que adotamos crenças baseadas em conclusões inferidas do que observamos e nem sempre comprovadas, acrescidas por experiências passadas.

Coaching: é um processo, com início, meio e fim, definido em comum acordo entre o coach (profissional) e o coachee (cliente) de acordo com a meta desejada pelo cliente, onde o coach apoia o cliente na busca de realizar metas de curto, médio e longo prazo, através da identificação e uso das próprias competências desenvolvidas, como também do reconhecimento e superação de suas fragilidades.

O coach (treinador, numa tradução à letra) atua encorajando e/ou motivando o seu cliente, procurando transmitir-lhe capacidades ou técnicas que melhorem as suas capacidades profissionais ou pessoais, visando a satisfação de objectivos definidos por ambos, considerando idéias como a de que o simples fato de compartilhar pensamentos/idéias que estão soltos e poder organizá-los, transformando em uma meta desafiante com um Plano de Ações pode levar a concretizar antigos sonhos.

Empreendimento


Empreendimento (do latim imprehendere = "apanhar, prender com as mãos" + sufixo substantivador) é o ato, efeito ou resultado de empreender algo com fim determinado. Em administração, economia e engenharia tem como núcleo comum o fato de ser:

    * aquele ente abstrato a ser realizado: constitui um conjunto de atividades e obrigações, a serem implementados pela organização, e que, devido ao grau de complexidade e compromissos associados, exigem o estabelecimento de um modelo de gerenciamento, centralizado ou não, capaz de promover a identificação, priorização, autorização, gerenciamento e controle de projetos, programas e outros trabalhos relacionados, a fim de atender aos requisitos dos projetos e cumprir as diretrizes estratégicas da empresa (entendida no sentido amplo);

    Neste sentido, a idéia de "empreendimento" aplica-se igualmente a qualquer e toda atividade humana concebível. Com efeito, pode-se falar em empreendimento artístico, empreendimento cultural, empreendimento enciclopédico (wikipédico...), empreendimento literário, empreendimento legislativo, empreendimento executivo, empreendimento judiciário, empreendimento político, empreendimento religioso etc.. E esta lista certamente não é exaustiva. Contudo, tal possibilidade de aplicação todo-ampla não justifica a necessidade de criação de categorias específicas para todas, senão basta o reconhecimento de que — no sentido amplo — podem esses empreendimentos todos incluir-se sob o manto da administração, usualmente conjugada com a economia e, quando cabível, com a engenharia.

    * aquele ente concreto já realizado: nesse caso a significar a obra ou o serviço, ou ambos (mais corretamente, pois é da predominância de materiais que se caracteriza a obra, enquanto o serviço caracteriza-se pela predominância do labor, ou mão-de-obra ou, preferivelmente, elemento operativo sobre o material, já que outros elementos que não apenas a mão-de-obra humana intervem na realização do objeto).

Ucronia



Ucronia é um subgênero da literatura, geralmente, mas não necessariamente associada à ficção científica, cujas obras fazem referência a um período hipotético da história do nosso mundo, em contraste com lugares e mundos fictícios. É um conceito similar à história alternativa, mas que difere dela pelo fa(c)to de que os tempos ucrônicos não são claramente definidos (situando-se quase sempre em algum passado remoto).

Um bom exemplo de período ucrônico é a Era Hiboriana de Conan, o Bárbaro; esta e outras fantasias literárias têm lugar em períodos ucrônicos, por volta da época ou logo após a queda da Atlântida.


Ucronia ("não-tempo") é uma palavra-valise, substituindo topia da palavra utopia (do grego u-topos ou "sem lugar") por cronia (do grego chronos, "tempo"). A expressão surgiu em 1876 por obra de Charles Renouvier, que a utilizou no título de seu romance Uchronie (L'Utopie dans l'histoire).
 

Solecismo



Solecismo é uma inadequação na estrutura sintática da frase com relação à gramática normativa do idioma. • Ou seja: São erros Gramaticais.

Exemplos

  • Eles é Brasileiro. (Eles são Brasileiros)
  • Aqueles dia eu fui ao restaurante. (Aqueles dias eu fui ao restaurante)
  • Vou no banheiro. (Vou ao banheiro)
  • Eles são neurótico. (Eles são neuróticos)
  • Haviam seis meses que não via a minha mãe (Fazem seis meses que não vejo a minha mãe)
Observação: O Solecismo é por vezes classificado como uma figura de linguagem.

Politéia


Politéia (do grego antigo: Πολιτεία ou Πολίτευμα, transl. Politeía ou Políteuma) era originalmente um termo usado na Grécia Antiga para se referir às muitas cidades-estado que possuíam uma assembléia de cidadãos como parte de seu processo político. O sufrágio em tais democracias não incluía mulheres, escravos, servos ou estrangeiros. Assim, os cidadãos votantes geralmente eram apenas uma minoria de homens adultos.

Hoje em dia, o termo geralmente é usado em referência a organização política de um grupo. É frequentemente usada para descrever uma sociedade frouxamente organizada, tal como uma tribo ou comunidade, mas pode significar qualquer grupo político, incluindo um governo, império, corporação ou academia. Também é usado como sinônimo de comunidade eclesiástica.

Eudemonismo


O eudemonismo (do grego eudaimonia, "felicidade") é uma doutrina segundo a qual a felicidade é o objetivo da vida humana. A felicidade não se opõe à razão mas é a sua finalidade natural. O eudemonismo era a posição sustentada por todos os filósofos da Antiguidade, apesar das diferenças acerca da concepção de felicidade de cada um deles. Segundo Aristóteles :

    "A felicidade é um princípio; é para alcançá-la que realizamos todos os outros atos; ela é exatamente o gênio de nossas motivações."

Utilitarismo


Em Filosofia, o utilitarismo é uma doutrina ética que prescreve a ação (ou inação) de forma a otimizar o bem-estar do conjunto dos seres sencientes. O utilitarismo é então uma forma de consequencialismo, ou seja, ele avalia uma ação (ou regra) unicamente em função de suas consequências.

Filosoficamente, pode-se resumir a doutrina utilitarista pela frase:

Agir sempre de forma a produzir a maior quantidade de bem-estar (Princípio do bem-estar máximo).

Trata-se então de uma moral eudemonista, mas que, ao contrário do egoísmo, insiste no fato de que devemos considerar o bem-estar de todos e não o de uma única pessoa.

Antes de quaisquer outros, foram Jeremy Bentham (1748-1832) e John Stuart Mill (1806-1873) que sistematizaram o princípio da utilidade e conseguiram aplicá-lo a questões concretas – sistema político, legislação, justiça, política econômica, liberdade sexual, emancipação feminina, etc.

Em Economia, o utilitarismo pode ser entendido como um princípio ético no qual o que determina se uma decisão ou ação é correta, é o benefício intrínseco exercido à coletividade , ou seja, quanto maior o benefício, tanto melhor a decisão ou ação.


O utilitarismo, concebido como um critério geral de moralidade, pode e deve ser aplicado tanto às ações individuais quanto às decisões políticas, tanto no domínio econômico quanto nos domínios sociais ou judiciários. O Utilitarismo é um tipo de ética normativa -- com origem nas obras dos filósofos e economistas ingleses do século XVIII e XIX. Jeremy Bentham e John Stuart Mill, -- segundo a qual uma ação é moralmente correta se tende a promover a felicidade e condenável se tende a produzir a infelicidade, considerada não apenas a felicidade do agente da ação mas também a de todos afetados por ela.

O utilitarismo rejeita o egoísmo, opondo-se a que o indivíduo deva perseguir seus próprios interesses, mesmo às custas dos outros, e se opõe também a qualquer teoria ética que considere ações ou tipos de atos como certos ou errados independentemente das conseqüências que eles possam ter.

O utilitarismo assim difere radicalmente das teorias éticas que fazem o caráter de bom ou mal de uma ação depender do motivo do agente porque, de acordo com o Utilitarismo, é possível que uma coisa boa venha a resultar de uma motivação ruim no indivíduo.

Princípios fundamentais

Cinco princípios fundamentais são comuns a todas as versões do utilitarismo:
  • Princípio do bem-estar (the greatest happiness principle em inglês) – O “bem” é definido como sendo o bem-estar. Diz-se que o objetivo pesquisado em toda ação moral se constitui pelo bem-estar (físico, moral, intelectual).
  • Consequencialismo – As consequências de uma ação são a única base permanente para julgar a moralidade desta ação. O utilitarismo não se interessa desta forma pelos agentes morais, mas pelas ações – as qualidades morais do agente não interferem no “cálculo” da moralidade de uma ação, sendo então indiferente se o agente é generoso, interessado ou sádico, pois são as consequências do ato que são morais. Há uma dissociação entre a causa (o agente) e as consequências do ato. Assim, para o utilitarismo, dentro de circunstâncias diferentes um mesmo ato pode ser moral ou imoral, dependendo se suas conseqüências são boas ou más.
  • Princípio da agregação – O que é levado em conta no cálculo é o saldo líquido (de bem-estar, numa ocorrência) de todos os indivíduos afetados pela ação, independentemente da distribuição deste saldo. O que conta é a quantidade global de bem-estar produzida, qualquer que seja a repartição desta quantidade. Sendo assim, é considerado válido sacrificar uma minoria, cujo bem-estar será diminuído, a fim de aumentar o bem-estar geral. Esta possibilidade de sacrifício se baseia na ideia de compensação: a desgraça de uns é compensada pelo bem-estar dos outros. Se o saldo de compensação for positivo, a ação é julgada moralmente boa. O aspecto dito sacrificial é um dos mais criticados pelos adversários do utilitarismo.
  • Princípio de otimização - O utilitarismo exige a maximização do bem-estar geral, o que não se apresenta como algo facultativo, mas sim como um dever.
  • Imparcialidade e universalismo - Os prazeres e sofrimentos são considerados da mesma importância, quaisquer que sejam os indivíduos afetados. O bem-estar de cada um tem o mesmo peso dentro do cálculo do bem-estar geral.
Este princípio é compatível com a possibilidade de sacrifício. A princípio, todos têm o mesmo peso, e não se privilegia ou se prejudica ninguém – a felicidade de um rei ou de um cidadão comum são levadas em conta da mesma maneira.

O aspecto universalista consiste numa atribuição de valores do bem-estar que é independente das culturas ou das particularidades regionais. Como o universalismo de Kant, o utilitarismo pretende definir uma moral que valha universalmente.

Mais sobre Utilitarismo: http://pt.wikipedia.org/wiki/Utilitarismo

Aculturação

 
Trata-se de aculturação quando duas culturas distintas ou parecidas são absorvidas uma pela outra formando uma nova cultura diferente. Além disso aculturação pode ser também a absorção de uma cultura pela outra, onde essa nova cultura terá aspectos da cultura inicial e da cultura absorvida. Um exemplo é a cultura brasileira que adquiriu traços da cultura de Portugal, da África, que juntamente com a cultura indígena formou-se a cultura brasileira.

Com a crescente globalização a aculturação vem se tornando um dos aspectos fundamentais na sociedade. Pela proximidade a grandes culturas e rapidez de comunicação entre os diferentes países do globo cada cultura está perdendo sua identificação cultural e social aderindo em parte a outras culturas. Um exemplo disso é cultura ocidental similar em muitos países. Mesmo assim a aculturação não tira totalmente a identidade social de um povo, crendo-se que talvez no futuro não exista mais uma diferença cultural tão acentuada como a aquela que hoje ainda se observa entre alguns países.

Erudição - Cultura erudita



Erudição é uma instrução vasta e variada, adquirida sobretudo pela leitura e pelo estudo, notadamente direcionada a um conhecimento de cunho acadêmico. Pode-se chamar de sábia uma pessoa erudita, embora a rigor o conceito de sabedoria deva incluir também competências mais amplas, como prudência, moral e experiência de vida.

Erudição é uma qualidade do erudito. Tem sua origem no latim : eruditio, onis.

Erudição, ou seja, pela escrita, pela investigação dos estudiosos. Ex: oculum > óculos

"Uma pessoa erutida ela acumula saberes ja pensado por outras pessoas, armazena conhecimentos alheiros, nao refelte sobre o que se acumula nao busca comprender."

Cultura erudita

Cultura erudita é a produção acadêmica centrada no sistema educacional, sobretudo na universidade. Trata-se de uma cultura produzida por uma minoria de intelectuais das mais diversas especialidades, e geralmente saídos dos segmentos superiores da classe média e da classe alta.
A cultura erudita está ligada à elite, ou seja, está subordinada ao capital pelo fato de este fator viabilizar esta cultura. Esta exige estudo, pesquisa para se obter o conhecimento, portanto não é viavel a uma maioria, e sim a uma classe social que por sua vez possui condições para investir nesses aspectos e em fim obter o conhecimento.
É uma cultura em que a sociedade valoriza como superior ou dominante. No entanto em termos sociológicos existe são grupos sociais que mantêm entre si relações de dominação e de subordinação.

Patriotismo


Patriotismo é o sentimento de amor e devoção à pátria, aos seus símbolos (bandeira, hino, brasão). Através de atitudes de devoção para com a sua pátria, pode-se identificar um patriota.

Muitas vezes, o nacionalismo é utilizado como seu sinônimo. Porém, podemos dizer que o nacionalismo é considerado uma ideologia, que leva as pessoas a serem patriotas.

Ser um nacionalista não implica algum ponto de vista político particular, à excepção de uma opinião da nação como um princípio organizado fundamentalmente na política. Agora, ser um patriota implica fazer algo de bom pelo seu país, ou nação.

Há diferentes tipos de patriotismo, e diferentes pessoas que são patriotas, diferentes maneiras de mostrar como são devotos ao seu lugar de origem:


  • Patriotismo nos desportos: há grande parte da população que tem orgulho de sua pátria quando ela está representada por atletas em competição;
  • Patriotismo na Cultura: cantores, compositores e poetas, que são famosos no mundo inteiro, espalham o encanto do país em que vivem. E não negam suas raízes;
  • Patriotismo na Guerra: pessoas que se oferecem ou são rigorosamente selecionadas para defenderem seu país em uma guerra.

Nacionalismo


O nacionalismo é um sentimento de valorização marcado pela aproximação e identificação com uma nação, mais precisamente com o ponto de vista ideológico.
 
Costuma diferenciar-se do patriotismo devido à sua definição mais estreita. O patriotismo é considerado mais uma manifestação de amor aos símbolos do Estado, como o Hino, a Bandeira, suas instituições ou representantes. Já o nacionalismo apresenta uma definição política mais abrangente Por exemplo: da defesa dos interesses da nação antes de quaisquer outros e, sobretudo da sua preservação enquanto entidade, nos campos linguístico, cultural, etc., contra processos de destruição identitária ou transformação.

São vários os movimentos dentro do espectro político-ideológico que se apropriam do nacionalismo, ora como elemento programático, ora como forma de propaganda. Durante o século XX, o nacionalismo permeou movimentos radicais como o fascismo, o nacional-socialismo e o integralismo no Brasil e em Portugal, especialmente durante o Estado Novo (Portugal).

O nacionalismo é uma antiga ideologia moderna: surgiu numa Europa pré-moderna e pós-medieval, a partir da superação da produção e consumo feudais pelo mercado capitalista, com a submissão dos feudos aos estados modernos (ainda absolutistas ou já liberais), com as reformas religiosas protestantes e a contrarreforma católica – fatos históricos estes que permitiram, ou até mais, que produziram o surgimento de culturas diferenciadas por toda a Europa, culturas que, antes, eram conformadas, deformadas e formatadas pelo cristianismo católico, com o apoio da nobreza feudal.

Surgiu como uma ideologia popular revolucionária, pois foi contrária ao domínio imperialista político-cultural do cristianismo católico que se apoiava nos nobres feudais e ajudava a sustentar a superada, limitada e limitante economia feudal, mas também como uma ideologia burguesa, pois as massas camponesas e o pequeno proletariado que também surgia passavam do domínio da nobreza feudal para o da burguesia industrial – e a ideologia dominante em uma sociedade é a ideologia das classes dominantes.

Após a definitiva vitória político-cultural dos burgueses sobre a nobreza feudal – a qual foi submetida pela destruição ou pela absorção pela cultura e pela política burguesa – foi parcial e progressivamente deixado para trás, como uma ideologia que teria sido importante, mas que já não seria mais do que uma lembrança histórica.

O nacionalismo ressurge nas colônias européias do Novo Mundo, nas “américas”, de Sul a Norte, e principalmente na América Latina, antes mesmo do surgimento da ideologia comunista européia, como um renovado nacionalismo, um “nacionalismo revolucionário” com algo já de socializante; Simón Bolívar foi o líder maior desse “nacionalismo revolucionário” latino-americano, e este seu nome, apenas, já basta para avalizar essa ideologia, a qual formou-se ao comando de homens tais como Tupac Amaru, San Martín ou José Artigas.

Ressurge na Europa, pouco antes do surgimento da ideologia comunista, como um outro nacionalismo, como um “nacionalismo revolucionário” socializante, ou até mesmo socialista, e antiimperialista, contrário ao imperialismo europeu, o qual, além de explorar as colônias americanas, asiáticas e africanas, explorava ainda as nações européias mais pobres; Giuseppe Mazzini foi o líder maior desse “nacionalismo revolucionário” na Europa.

O “nacionalismo revolucionário” europeu, como uma ideologia antiimperialista original, também influenciou o pensamento dos latino-americanos que souberam aprender dos europeus aquilo que fosse interessante e útil, desenvolvendo, no Novo Mundo, uma prática e uma luta anticolonialista, a qual se desenvolveu na ação e no discurso de homens tais como “Tiradentes”, San Martín ou Giuseppe Garibaldi.

O “nacionalismo revolucionário” latino-americano, numa inversão do colonialismo cultural, influenciou mesmo a luta antiimperialista na Europa: as colônias latino-americanas muito ensinaram às nações pobres européias, com a luta e o comando de Giuseppe Garibaldi, e de sua mulher, Anita Garibaldi, revolucionários e considerados por alguns heróis tanto no Novo Mundo quanto no Velho Mundo – continuando (e vencendo) a luta antes comandada por Giuseppe Mazzini.

Eufemismo


Eufemismo é uma figura de estilo que emprega termos mais agradáveis para suavizar uma expressão. Consiste na visualização de uma expressão.

É necessário ressaltar que em uma série de materiais didáticos há exemplos inadequados de eufemismo, principalmente no que se refere à morte: "Ir para a terra dos pés juntos", "Comer capim pela raiz" e "Vestir o paletó de madeira" são comuns nesses livros.

Expressões populares têm um caráter cômico, o que pode atender em parte a intenção do eufemismo. Entretanto, seu uso em situações de grande impacto como a morte beira o grotesco e a função dessa figura de linguagem se perde. Um exemplo mais adequado é dizer que o indivíduo "partiu", ou que "deixou esse mundo".

Exemplos:
  • Você faltou com a verdade. (Em lugar de mentiu)
  • Ele entregou a alma a Deus. (Em lugar de: Ele morreu)
  • Nos fizeram varrer calçadas, limpar o que faz todo cão... (Em lugar de fezes)
  • Ela é minha ajudante (Em lugar de empregada doméstica)
  • "...Trata-se de um usurpador do bem alheio..." (Em lugar de ladrão)
  • Filho do mesgramado! (Ao invés de desgraçado)
  • "Era uma estrela divina que ao firmamento voou!" (Em lugar de morreu) (Álvares de Azevedo)
  • "Quando a indesejada da gente chegar" (Em lugar de a morte) (Manuel Bandeira)
  • Ele subtraiu os bens de tal pessoa. (Em vez de furtou)
  • "...Para o porto de Lúcifer." (Em vez de inferno) (Gil Vicente)
  • "Verdades que esqueceram de acontecer" (em lugar de mentira) (Mário Quintana)
  • Passar os cinco [dedos] -- expressão popular (Em vez de roubar)
  • "Ele vivia de caridade pública" (ao invés de "esmolas") (Machado de Assis)
  • Ele foi morar com Deus. (Em lugar de morreu) (Gabriela Prizo)
  • Ele foi convidado a sair da escola. (Em lugar de expulso da escola)
  • Ele se apropriou do dinheiro do colega. (Em lugar de roubou) (Marcelo Fileti)
  • Ele não foi feliz nos exames. (Em vez de: ele foi reprovado)
  • Enriqueceu por meios ilícitos. (Em vez de: ele roubou)
  • Querida, ao pé do leito derradeiro (Em vez de: túmulo)
  • O regime cubano peca sim em alguns quesitos democráticos (Em vez de: ditadura)

Pastiche


Pastiche é definido como obra literária ou artística em que se imita grosseiramente o estilo de outros escritores, pintores, músicos, etc. O pastiche pode ser plágio, por isso tem sentido pejorativo, ou é uma recorrência a um gênero. Modernamente, o pastiche pode ser visto como uma espécie de colagem ou montagem, tornando-se uma paródia em série ou colcha de retalhos de vários textos. Nem sempre é grosseiro, como demonstra o romance Em Liberdade, de Silviano Santiago, que é pastiche do estilo de Graciliano Ramos. Ou os livros Amor de Capitu, de Fernando Sabino, e Capitu – Memórias Póstumas, de Domício Proença Filho, que reescreveram Dom Casmurro, de Machado de Assis; assim como podemos dizer: A operetta é um pastiche do estilo do Século XVIII.

No trecho abaixo, Machado de Assis, em seu conto "O cônego ou a metafisíca do estilo", faz um pastiche bíblico:
  • Vem do Líbano, esposa minha, vem do Líbano, vem... As mandrágoras deram o seu cheiro. Temos as nossas portas toda a casta de pombos...”
  • ”eu vos conjuro, filhas de Jerusalém, que se encontrardes com meu amado, lhe façais saber que estou enferma de amor... “
Era assim, com essas melodias do velho drama de Judá, que procuravam um ao outro na cabeça do cônego Matias um substantivo e um adjetivo... Não me interrompas, leitor precipitado.(...)

Procuram-se e acham-se. Enfim, Silvio achou Silvia. Viram-se caíram nos braços um do outro, ofegantes de canseira, mas remidos com a consciência. “Quem é esta que sobe do deserto, firmada sobre seu amado?” pergunta Silvio, como no Cântico; e ela, com a mesma lábia erudita, responde-lhe que “é o selo do seu coração”, e que “o amor é tão valente como a própria morte.”

O pastiche, procedimento que mescla estilos, também foi cultuado por Mario Quintana, como neste "Hai-kai" tirado de uma falsa lira de Gonzaga, em que o poeta gaucho recorre a uma forma lírica japonesa para imitar o lirismo da obra árcade Marília de Dirceu:

Quis gravar "amor"
No tronco de um velho freixo
"Marília", escrevi.

17 de dezembro de 2009

Ostracismo



Ostracismo era uma forma de punição política empregada inicialmente pelos atenienses. Significava a expulsão política e o exílio por um tempo de 10 anos. Seus bens ficavam guardados na cidade e ele se tornava como de fora. Foi decretada em Atenas no ano de 510 A.C. por Clístenes e foi posto em prática no ano 487 A.C. como luta contra a tirania.

O político que houvesse proposto projetos e votações para beneficio próprio para retornar para a tirania era candidato certo ao ostracismo.

O primeiro político punido com o ostracismo foi Hiparco e mais tarde os políticos Megacles, Jantipo (pai de Péricles) e no ano 482 A.C. foi a vez de Aristides. Ao que parece o último punido foi o demagogo Hipérbolo no ano 417 A.C.

A votação era feita inicialmente pela assembleia de Atenas. Se a votação tinha como resultado voto favorável ao ostracismo então uma votação pública era feita dois meses mais tarde. Se o resultado final fosse confirmado o político tinha 10 dias para deixar a cidade. Poderia voltar depois de 10 anos ou se outra assembleia seguida de votação pública trouxesse perdão.

O processo deve ser distinguido do uso atual do termo, que genericamente refere-se à modos informais de exclusão de um grupo através do isolamento social. Derivado, assim do mundo grego, ainda, o exemplo social antropológico clássico de ostracismo, é a expulsão de membros da tribo Aborígene pré-colonial Australiana, que poderia resultar em morte do membro expulso.

Em Atenas, o ostracismo contribui para a manutenção da república.

Curiosidades

Artes

Outra forma - a mais conhecida atualmente - de empregar a palavra ostracismo, é para designar artistas (cantores, atores, etc...) que estão há muito tempo longe do grande público, sem lançar músicas ou discos; sem atuar em filmes ou novelas, caindo no completo esquecimento.

Filantropia e Pilantropia


Filantropia é a ação continuada de doar dinheiro ou outros bens a favor de instituições ou pessoas que desenvolvam atividades de grande mérito social. É encarada por muitos como uma forma de ajudar e guiar o desenvolvimento e a mudança social, sem recorrer à intervenção estatal, muitas vezes contribuindo por essa via para contrariar ou corrigir as más políticas públicas em matéria social, cultural ou de desenvolvimento científico. Os indivíduos que adoptam esta prática, naturalmente indíviduos que dispõem dos necessários meios económicos, são em geral denominados por filantropos ou filantropistas. A filantropia é uma das principais fontes de financiamento para as causas humanitárias, culturais e religiosas. Em alguns países a filantropia assume papel relevante no apoio à investigação científica e no financiamento das universidades e instituições académicas.

A etimologia da palavra filantropia deriva suas raízes do grego φίλος philos (o filos), e άνθρωπος, antropos, que se traduzem respectivamente como "amor" (o "amante de", "amigo de"), e "homem" (o "ser humano"), pelo que filantropia significa "amor a humanidade".

Quando há uma falsa filantropia, usa-se a palavra pilantropia.

Pilantropia

A palavra pilantropia é uma gíria utilizada no Brasil que se refere a uma falsa filantropia, ou seja, atos de caridade no intuito de se tirar algum tipo de proveito da situação. Este tipo de ação é geralmente praticada por golpistas que abusam da boa fé e da miséria alheias.

14 de dezembro de 2009

Meritocracia


Meritocracia (do latim mereo, merecer, obter) é a forma de governo baseado no mérito. As posições hierárquicas são conquistadas, em tese, com base no merecimento, e há uma predominância de valores associados à educação e à competência.

A meritocracia está associada, por exemplo, ao estado burocrático, sendo a forma pela qual os funcionários estatais são selecionados para seus postos de acordo com sua capacidade (através de concursos, por exemplo). Ou ainda – associação mais comum – aos exames de ingresso ou avaliação nas escolas, nos quais não há discriminação entre os alunos quanto ao conteúdo das perguntas ou temas propostos. Assim, meritocracia também indica posições ou colocações conseguidas por mérito pessoal.  Embora a maioria dos governos seja em parte baseada na meritocracia, ela não se expressa de forma pura em nenhum lugar.

Governos como de Singapura e da Finlândia utilizam padrões meritocráticos para a escolha de autoridades, mas misturados a outros. Um modelo de uma meritocracia é o método científico, no qual o que considerado como sendo verdade é justamente definido pelo mérito, ou seja, a consistência do conteúdo em relação às observações ou a outras teorias.

O principal argumento em favor da meritocracia é que ela proporciona maior justiça do que outros sistemas hierárquicos, uma vez que as distinções não se dão por sexo ou raça, nem por riqueza ou posição social, entre outros fatores biológicos ou culturais, nem mesmo em termos de discriminação positiva. Ainda existem classes sociais, e os defensores da meritocracia não pretendem acabar com elas; mas há um critério mais justo para a distribuição dos estamentos sociais.

Conforme o sufixo "cracia" indica, meritocracia é, estritamente falando, um sistema de governo baseado na habilidade (mérito) em vez de riqueza ou posição social. Neste contexto, "mérito" significa basicamente inteligência mais esforço. Entretanto a palavra "meritocracia" é agora freqüentemente usada para descrever um tipo de sociedade onde riqueza, renda, e classe social são designados por competição, assumindo-se que os vencedores, de fato, merecem tais vantagens. Conseqüentemente, a palavra adquiriu uma conotação de "Darwinismo Social", e é usada para descrever sociedades agressivamente competitivas, com grandes diferenças de renda e riqueza, contrastadas com sociedades igualitárias.


Governos e organismos meritocráticos enfatizam talento, educação formal e competência, em lugar de diferenças existentes, tais como classe social, etnia, ou sexo.  Em uma democracia representativa, onde o poder está, teoricamente, nas mãos dos representantes eleitos, elementos meritocráticos incluem o uso de consultorias especializadas para ajudar na formulação de políticas, e um serviço civil, meritocrático, para implementá-los. O problema perene na defesa da meritocracia é definir, exatamente, o que cada um entende por "mérito". Além disso, um sistema que se diga meritocrático e não o seja na prática será um mero discurso para mascarar privilégios e justificar indicações a cargos públicos.

Origens e História

A palavra meritocracia provavelmente apareceu pela primeira vez no livro "Rise of the Meritocracy", de Michael Young (1958). No livro carregava ela um conteúdo negativo, pois a história tratava de uma sociedade futura na qual a posição social de uma pessoa era determinada pelo QI e esforço. Young utilizou a palavra mérito num sentido pejorativo, diferente do comum ou daquele usado pelos defensores da meritocracia. Para estes, mérito significa aproximadamente habilidade, inteligência e esforço. Uma crítica comumente feita à meritocracia é a ausência de uma medida específica desses valores, e a arbitrariedade de sua escolha.

Os primeiros indícios de semelhante mecanismo remontam à Antiguidade, na China. Confúcio e Han Fei são dois pensadores que propuseram um sistema próximo ao meritocrático. Também podem ser citados Gengis Khan e Napoleão Bonaparte; cada qual utilizou no exército e na vida política de seus estados elementos da meritocracia.

13 de dezembro de 2009

Veto



A palavra veto vem do latim e significa literalmente Eu proíbo. É usada para denotar um certo grupo que tem o direito de parar de forma unilateral um certo item de legislação. Um veto portanto dá poder ilimitado para parar mudanças, mas não para adotá-las.  O veto originou-se com os tribunos romanos que tinham o poder de recusar de maneira unilateral uma legislação aprovada pelo senado romano.

Autodidata


Autodidata é a pessoa que tem a capacidade de aprender algo sem ter um professor ou mestre lhe ensinando ou ministrando aulas. O próprio indivíduo, com seu esforço particular, intui, busca e pesquisa o material necessário para sua aprendizagem. 

O termo vem do grego autodídaktos. Que ou quem aprendeu ou aprende por si, sem auxílio de professores.  Pessoas autodidatas normalmente enfrentam alguma dificuldade no início de seu processo de aprendizado, por falta de um professor ou mestre.

Para se tornar um bem-sucedido autodidata é necessário uma grande carga de leitura e pesquisa sobre o tema estudado, suprindo assim a ausência de um professor ou mestre.  Uma das características principais do autodidata é a curiosidade. Pessoas naturalmente curiosas ou de poucos recursos financeiros, mas que possuem interesse em aprender, acabam se tornando autodidatas.

Os grandes "aliados" dos autodidatas são os livros, dicionários, internet, jornais, entre outros meios de pesquisa. Podem ser autodidatas pessoas que por si só estudem, música, teatro, artesanato entre outras ciências ou artes

Para o autodidata, o processo de pesquisa tem mais valor que o próprio resultado, pois ao buscar uma informação, acaba se apropriando de vários outros conhecimentos.

O autodidatismo não é um dom nato, ou seja, necessariamente as pessoas não nascem com esta capacidade; assim como o empreendedorismo qualquer pessoa pode desenvolver esta habilidade, basta conhecer os primeiros passos, a "ponta da linha" do fundamento inicial do conhecimento na área em que deseja.

12 de dezembro de 2009

Dogma


Um dogma (do grego δόγμα, plural δόγματα) é uma crença/doutrina imposta, que não admite contestação, cada um dos pontos fundamentais e indiscutíveis de uma crença religiosa. No campo religioso, alega-se ser uma verdade divina, revelada e acatada pelos fiéis. No catolicismo, os dogmas surgem das Escrituras e da autoridade da Igreja Católica.

O termo DOGMA está ligado à ideologia ou conjunto de princípios que servem de base a um sistema religioso ou político.

São afirmações absolutas que não permitem discussão, um conjunto sitemático de representações (idéias, valores) e de normas ou regras (de conduta), que indicam ou prescrevem aos membros da sociedade o que devem pensar e como devem pensar. Também indica o que esses membros devem valorizar e como devem valorizar, o que devem sentir, fazer.

9 de dezembro de 2009

Silogismo

 
Um silogismo (do grego antigo συλλογισμός, "conexão de idéias", "raciocínio"; composto pelos termos σύν "com" e λογισμός "cálculo") é um termo filosófico com o qual Aristóteles designou a argumentação lógica perfeita, constituída de três proposições declarativas que se conectam de tal modo que a partir das primeiras duas, chamadas premissas, é possível deduzir uma conclusão. A teoria do silogismo foi exposta por Aristóteles em Analíticos anteriores.

Num silogismo, as premissas são um ou dois juízos que precedem a conclusão e dos quais ela decorre como consequente necessário dos antecedentes, dos quais se infere a conseqüência. Nas premissas, o termo maior (predicado da conclusão) e o termo menor (sujeito da conclusão) são comparados com o termo médio, e assim temos a premissa maior e a premissa menor segundo a extensão dos seus termos.

Um exemplo clássico de silogismo é o seguinte:

    Todo homem é mortal.

        Sócrates é homem.

            Logo, Sócrates é mortal.

O silogismo e sua estrutura

O silogismo é estruturado do seguinte modo:
  • Todo homem é mortal (premissa maior)
    • homem é o sujeito lógico, e fica atrás da cópula;
    • é representa a cópula, isto é, o verbo que exprime a relação entre sujeito e predicado;
    • mortal é o predicado lógico, e fica após a cópula.
  • Sócrates é homem (premissa menor)
Logo, Sócrates é mortal (conclusão).
Conforme Kant, silogismo é todo juizo estabelecido através de uma característica mediata. Dito de outra forma: silogismo é a comparação de uma característica de uma coisa com outra, por meio de uma característica intermediária.

8 de dezembro de 2009

Ébrio habitual


O ébrio habitual é aquele que consome, diaria e imoderadamente, bebida alcoólica, incapacitando-se para externar, conscientemente, a sua vontade.

A embriaguez, em decorrência da qual surge a incapacidade parcial, deve revelar o descontrole no consumo de álcool, suficientes para identificar a pessoa como ébrio habitual. Diz-se que se conhece popularmente o ébrio habitual, em face ao fato de que ele externa publicamente a sua condição de dependente de substância alcoólica. Não consegue discernir o certo do errado em estado de embriaguez.

O Código Civil Brasileiro, aponta o ébrio habitual como relativamente incapaz a certos atos da vida.

7 de dezembro de 2009

Soldo


Soldo é quantia básica, de referência, para pagamento de militar, à qual se acrescentam percentuais que variam com a categoria hierárquica, especialidade, tempo de serviço, etc.

Sofisma



Sofisma (do grego antigo σόϕισμα -ατος, derivado de σοϕίξεσϑαι "fazer raciocínios capciosos") em filosofia, é um raciocínio aparentemente válido, mas inconclusivo, pois é contrário às próprias leis. Também são considerados sofismas os raciocínios que partem de premissas verdadeiras ou verossímeis, mas que são concluídos de uma forma inadmissível ou absurda. Por definição, o sofisma tem o objetivo de dissimular uma ilusão de verdade, apresentado-a sob esquemas que aparentam seguir as regras da lógica.

É um conceito que remete à ideia de falácia, sem ser necessariamente um sinônimo.

Historicamente o termo sofista, no primeiro e mais comum significado, é equivalente ao paralogismo matemático, que é uma demonstração aparentemente rigorosa que, todavia, conduz a um resultado nitidamente absurdo. Atualmente, no uso frequente e do senso comum, sofisma é qualquer raciocínio caviloso (que finge ser amável ou cortês; falso, fingido) ou falso, mas que se apresenta com coerência e que tem por objetivo induzir outros indivíduos ao erro mediante ações de má-fé.

Origens

A designação de sofista, do grego Σοφιστής(sophistés), substantivação da forma adjetiva e verbal que remete a sophia e a sophos, utilizada para identificar aquele grupo de pensadores, filósofos e letrados da sofística helénica, recolhe em si o polissemantismo bem significativo de uma diversa apreciação dos sofistas.

Por um lado, é neste sentido típico e dominantemente pejorativo, caracterizado por Platão como: "um impostor, caçador interessado em jovens ricos, comerciante didático e atleta em combate verbalístico ou erístico, purificador de opiniões, mas também malabarista de argumentos, mais verosímeis do que verdadeiros, mais sedutores do que plausíveis". O sofista é, neste sentido, menos o filósofo como amigo ou amante do saber do que o «sábio» na acepção não pedagógica de uma descoberta da verdade, mas segundo o modelo da transmissão de um ensinamento e, por conseguinte, segundo a forma tradicional de uma didáskalos, ou seja, de uma didáctica.

Para o paradigmático entendimento que Platão faz dos sofistas, tal transmissão dos ensinamentos reduz-se a comércio interesseiro de saberes mnemotécnicos, retóricos e sempre relativos.

As palavras sofista, sofística[1] (do grego antigo: σοφιστής, σοφιστικός; derivada σοφός - "sábio", "instruído"), assumem diferentes significados ao longo da história da filosofia, que merecem ser distinguidos:
  1. Chama-se sofista ou sofístico, um conjunto de pensadores, oradores e professores gregos do século V a.C. (e do início do século seguinte).
  2. Em Platão, seguido da maior parte dos filósofos até aos nossos dias, uma perversão voluntária do raciocínio demonstrativo para fins geralmente imorais.
  3. O desenvolvimento da reflexão e o ensino da retórica, em princípio a partir do século I d.C., na prática a partir do século II, no Império romano.
Paralogismo: (do grego antigo παραλογισμός, "reflexão", "raciocínio") é um raciocínio falaz, ou seja, falso mas que tem aparência de verdade. Para alguns, o paralogismo é diferente do sofisma, pois não é produzido de má-fé, isto é, não é intencionalmente produzido para enganar. Para Aristóteles, qualquer falso silogismo era considerado um paralogismo, pois contém obrigatoriamente uma premissa ambígua.

Retórica


A retórica é a técnica (ou a arte, como preferem alguns) de convencer o interlocutor através da oratória, ou outros meios de comunicação. Classicamente, o discurso no qual se aplica a retórica é verbal, mas há também — e com muita relevância — o discurso escrito e o discurso visual.

Em verdade, a oratória é um dos meios pelos quais se manifesta a retórica, mas não o único. Pois, certamente, pode-se afirmar que há retórica na música ("Para não dizer que não falei da Flores", de Geraldo Vandré: retórica musical contra a ditadura), na pintura (O quadro "Guernica", de Picasso: retórica contra o fascismo e a guerra) e, obviamente, na publicidade. Logo, a retórica, enquanto método de persuasão, pode se manifestar por todo e qualquer meio de comunicação.

A retórica aristotélica, de certa forma herdeira daquela de Sócrates, procura fazer o interlocutor convencer-se de que o emissor está correcto, através de seu próprio raciocínio. Retórica não visa distinguir o que é verdadeiro ou certo mas sim fazer com que o próprio receptor da mensagem chegue sozinho à conclusão de que a ideia implícita no discurso representa o verdadeiro ou o certo.

A retórica era parte de uma das "três artes liberais" ou "trivium" ensinadas nas faculdades da Idade Média (as outras duas corresponderiam à dialética e gramática).

"Quem deseja ter razão de certo a terá com o mero fato de possuir língua."

Tautologia


A tautologia (do grego ταὐτολογία) é , na retórica, um termo ou texto que expressa a mesma idéia de formas diferentes. Como um vício de linguagem pode ser considerada um sinônimo de pleonasmo ou redundância. A origem do termo vem de do grego tautó, que significa "o mesmo", mais logos, que significa "assunto". Portanto, tautologia é dizer sempre a mesma coisa em termos diferentes.

Em filosofia e outras áreas das ciências humanas, diz-se que um argumento é tautológico quando se explica por ele próprio, às vezes redundantemente ou falaciosamente. Por exemplo, dizer que "o mar é azul porque reflete a cor do céu e o céu é azul por causa do mar" é uma afirmativa tautológica. Um exemplo de dito popular tautológico é "tudo o que é demais sobra". Da mesma forma, um sistema é caracterizado como tautológico quando não apresenta saídas à sua própria lógica interna — em outro exemplo, exige-se de um trabalhador que tenha curso universitário para ser empregado, mas ele precisa ter um emprego para receber salário e assim custear as despesas do curso universitário.

Exemplos na linguagem

  • elo de ligação
  • certeza absoluta
  • quantia exacta
  • nos dias 8, 9 e 10, inclusive
  • juntamente com
  • expressamente proibido
  • em duas' metades iguais
  • sintomas indicativos
  • há anos atrás
  • outra alternativa
  • detalhes minuciosos
  • anexo junto à carta
  • todos foram unânimes
  • encarar de frente
  • criação nova
  • retornar de novo
  • empréstimo temporário
  • surpresa inesperada
  • escolha opcional
  • planejar antecipadamente
  • a última versão definitiva
  • possivelmente poderá ocorrer
  • comparecer em pessoa
  • propriedade característica
  • demasiadamente excessivo
  • a seu critério pessoal
  • seguindo em frente
  • pessoa humana

Pleonasmo: pode ser tanto uma figura de linguagem quanto um vício de linguagem. O pleonasmo é uma redundância (proposital ou não) em uma expressão, enfatizando-a.

Pleonasmo literário

Também denominado pleonasmo de reforço, estilístico ou semântico, trata-se do uso do pleonasmo como figura de linguagem para enfatizar algo em um texto. Grandes autores usam muito deste recurso. Nos seus textos os pleonasmos não são considerados vícios de linguagem, e sim pleonasmos literários.

Pleonasmo vicioso

Trata-se da repetição inútil e desnecessária de algum termo ou idéia na frase. Esse não é uma figura de linguagem, e sim um vício (defeito) de linguagem.

Falácia: é um argumento logicamente inconsistente, sem fundamento, inválido ou falho na capacidade de provar eficazmente o que alega. Argumentos que se destinam à persuasão podem parecer convincentes para grande parte do público apesar de conterem falácias, mas não deixam de ser falsos por causa disso. Reconhecer as falácias é por vezes difícil. Os argumentos falaciosos podem ter validade emocional, íntima, psicológica ou emotiva, mas não validade lógica.


É importante conhecer os tipos de falácia para evitar armadilhas lógicas na própria argumentação e para analisar a argumentação alheia.

Etimologia

 
Etimologia (do grego antigo ἐτυμολογία, composto de ἔτυμον e -λογία "-logia"[1]) é a parte da gramática que trata da história ou origem das palavras e da explicação do significado de palavras através da análise dos elementos que as constituem. Por outras palavras, é o estudo da composição dos vocábulos e das regras de sua evolução histórica.

Algumas palavras derivam de outras línguas, possivelmente de uma forma modificada (as palavras-fontes são chamadas étimos). Por meio de antigos textos e comparações com outras línguas, os etimologistas tentam reconstruir a história das palavras - quando eles entram em uma língua, quais as suas fontes, e como a suas formas e significados se modificaram.

Os etimologistas também tentam reconstruir informações sobre línguas que são velhas demais para que uma informação direta (tal como a escrita) possa ser conhecida. Comparando-se palavras em línguas correlatas, pode-se aprender algo sobre suas línguas afins compartilhadas. Deste modo, foram encontrados radicais de palavras que podem ser rastreadas por todo o caminho de volta até a origem da família de línguas indo-européias.

A própria palavra etimologia vem do grego ἔτυμον (étimo, o verdadeiro significado de uma palavra, de 'étymos', verdadeiro) e λόγος (lógos, ciência, tratado).

República


Uma República (do latim Res publica, "coisa pública") é uma forma de governo na qual um representante, normalmente chamado presidente, é escolhido pelo povo para ser o chefe de país, podendo ou não acumular com o poder executivo. A forma de eleição é normalmente realizada por voto livre e secreto, em intervalos regulares, variando conforme o país. A origem da república está na Roma clássica, quando primeiro surgiram instituições como o Senado.

Definição jurídica

Existem hoje duas formas principais de república:
  1. República presidencialista ou presidencialismo - Nesta forma de governo o presidente, escolhido pelo povo para um mandato regular, acumula as funções de Chefe de Estado e chefe de governo. Nesse sistema, para levar a cabo seu plano de governo.

Conceito de república

O conceito de república é ambíguo, confundindo-se às vezes com democracia, às vezes com liberalismo, às vezes tomado simplesmente em seu sentido etimológico de "bem comum"; mais recentemente, tem sido interpretado pelo senso comum como "respeito às instituições".

Do ponto de vista histórico, as repúblicas e o republicanismo surgiram em contraposição às monarquias, consideradas, devido ao seu caráter absolutista, como opressoras e liberticidas. A primeira república de que se tem notícia é a romana, fundada no século V a. c., exatamente em contraposição à monarquia (etrusca). Na Idade Média houve diversas repúblicas, das quais as mais famosas foram as italianas (por exemplo: Florença) e, depois, a holandesa. Cada uma delas teve características próprias e seu elemento unificador é, de fato, uma negação: não eram monarquias.

Ainda na Idade Média alguns teóricos do absolutismo, como Jean Bodin, defendiam um conceito amplo e literal de república, baseado em sua etimologia: assim, se as monarquias preocupassem-se mais com o desenvolvimento das nações que com as disputas dinásticas e as guerras feudais, seriam "republicanas"; esse sentido foi recuperado no século XVIII pelo barão de Montesquieu, ao referir-se ao caso inglês, em que o "rei reina mas não governa".

O neo-republicanismo

Desde fins dos anos 1980 e começos dos 1990 tem ressurgido uma corrente teórica republicana, ou neo-republicana, especialmente nos países anglo-saxões. Os principais autores dessa ressurgimento são, do ponto de vista da Teoria Política (ou da Filosofia Política), o irlandês Phillip Pettit, autor de Republicanism e, do ponto de vista da História, o inglês Quentin Skinner, autor de Liberty before Liberalism.

A teoria (neo-)republicana de Pettit baseia-se na idéia de liberdade como "não-dominação" ou, de maneira mais direta, como "não-arbitrariedade". Para definir essa categoria, Pettit recupera as "duas liberdades" definidas por Isaiah Berlin (retomando uma idéia do suíço Benjamin Constant), a liberdade negativa e a positiva.

A liberdade positiva consiste na participação direta dos cidadãos na vida política, com eles decidindo pessoal e constantemente os assuntos públicos; é o modelo característica e propriamente democrático, da Atenas idealizada por J.-J. Rousseau, em que todos participam do público e não há exatamente vida privada. Todos os cidadãos são livres porque submetem-se às leis que eles mesmos fizeram .

A liberdade negativa consiste na ação desimpedida dos cidadãos em suas vidas particulares, em que o Estado é limitado e não oferece muitos empecilhos para os cidadãos. Como o que importa é a ausência de obstáculos à ação dos indivíduos - e há leis que devem impedir algumas ações, como as que proíbem matar -, toda lei é vista como cerceadora das liberdades. Os cidadãos participam da vida política por meio do processo representativo, ou seja, por meio da escolha de representantes (deputados). Esse é o ideal liberal, como exposto, por exemplo, por John Locke.

A liberdade como não-arbitrariedade considera que as leis não são fundamentalmente obstáculos à ação individual, mas são constituidoras das liberdades: sem leis, ou seja, sem Estado não é possível a liberdade. Todavia, os cidadãos não participam da vida política (i. e., do Estado) o tempo inteiro nem é o "povo" reunido em assembléia pública na ágora o autor das leis; a atuação dos cidadãos consiste em exercer um papel de fiscal e controlador do Estado, pelos mais variados meios, de modo a evitar e a impedir as arbitrariedades estatais. No modelo de Pettit, o processo legiferante continua nas mãos dos representantes eleitos, ou seja, dos deputados. O grande exemplo histórico é a Roma republicana, anterior ao Império e ao governo de Otávio Augusto; por esse motivo, essa teoria também é chamada de "neo-romana". Alguns grandes teóricos republicanos históricos são Cícero, Nicolau Maquiavel e Algernon Sidney.

A República precisa de um presidente.

5 de dezembro de 2009

Frenologia


Frenologia (do Grego: φρήν, phrēn, "mente"; e λόγος, logos, "lógica ou estudo") é uma teoria que reivindica ser capaz de determinar o caráter, características da personalidade, e grau de criminalidade pela forma da cabeça (lendo "caroços ou protuberâncias"). Desenvolvido por médico alemão Franz Joseph Gall por volta de 1800, e muito popular no século XIX, está agora desacreditada e classificada como uma pseudo-ciência. A Frenologia contudo recebeu crédito como um proto-ciência por contribuir com a ciência médica com as ideias de que o cérebro é o órgão da mente e áreas específicas do cérebro estão relacionadas com determinadas funções do cérebro humano.

Seus princípios eram que o cérebro é o órgão da mente, e essa mente tem um jogo de diferentes faculdades mentais e comportamento, cada sentido em particular tem sua representação em uma parte diferente do órgão ou cérebro. Estas áreas seriam proporcionais a cada indivíduo, dado as propensões e importância da faculdade mental e personalidade, e o osso sobrejacente do crânio refletiria estas diferenças.

A Frenologia, que foca a personalidade e o caráter, é diferente da craniometria, que é o estudo do tamanho do crânio, peso e forma, e Fisionomia, é o estudo das características faciais. No entanto, estes campos de estudo têm tentado reivindicar a suposta capacidade de predizer características ou inteligência. Este assunto também é razão de estudo e controvérsias na antropologia/etnologia e às vezes utilizado "cientificamente" para justificar o racismo. Enquanto no passado alguns princípios da Frenologia foram estabelecidos, atualmente a premissa básica de uma personalidade poder ser determinada em grande parte pelo formato do crânio é considerada como falsa.


Consequências

A frenologia foi a base para comportamentos sociais visando a Eugenia, a "seleção dos melhores para purificação da raça". A lógica de uma teoria não significa que ela seja real. Um raciocínio gerado sobre premissas falsas é um sofisma. Não havendo prova da premissa de que a forma e as dimensões da cabeça estejam relacionadas a qualquer padrão de comportamento, os críticos da frenologia argumentam que esta é apenas uma argumentação sofismática para comportamentos racistas de certos grupos sociais.

Extremismo


O extremismo, em política, refere-se a doutrinas ou modelos de ação política que preconizam soluções extremas, radicais e revolucionárias, para os problemas sociais.

Frequentemente está associado ao dogmatismo, ao fanatismo e à tentativas de imposição de estilos e modos de vida, bem como à negação radical de valores vigentes. O extremismo, unido ao unilateralismo, resulta em total fechamento ao diálogo e à negociação.

No uso corrente, o termo 'extremismo' é muitas vezes (indevidamente) assimilado ao 'radicalismo' e ao 'maximalismo'. Na literatura política, o conceito tem mantido uma conotação pejorativa. Quando referido a posição e comportamento adotados por um movimento, grupo político ou mesmo partidos e grupos parlamentares, o extremismo indica a tendência a um comportamento ou a um modelo de ação política que rejeita as regras de uma comunidade política, não se identificando com as suas finalidades, valores e instituições e procurando transformá-los radical e abruptamente, na linha do tudo agora; por conseguinte, recusa o gradualismo ou o alcance parcial dos objetivos, bem como a negociação e o compromisso.

O comportamento desses grupos se concretiza historicamente por práticas muitas vezes eversivas e violentas, que rejeitam os vínculos formais da transformação do conflito em controvérsia, próprios da tradição parlamentar.

Na história política moderna e contemporânea, o extremismo foi adotado em diferentes ocasiões, por diversos movimentos sociais e políticos, de diferentes orientações ideológicas, principalmente em épocas críticas de intensa mobilização social e de profundas transformações econômicas e institucionais.

O extremismo convencionalmente considerado de direita emana diretamente de classes ou estamentos sujeitos a uma repentina perda de status e de uma drástica redução de sua influência política. É o extremismo daqueles que, "em outros tempos foram possuidores" e cujo comportamento político está voltado para a defesa a todo custo e/ou para a reconquista das suas tradicionais prerrogativas político-sociais. O salazarismo e o franquismo, por exemplo, rompem com o pluralismo democrático pelo lado direito do espectro ideológico.

Já a prática de alguns grupos extraparlamentares de orientação marxista-leninista, por exemplo, pode ser caracterizada como extremista, na medida em que rompe com a democracia burguesa pelo lado esquerdo do espectro. Por fim, segundo Lipset, além dos extremismos da direita e da esquerda, existe um extremismo do centro: o nazi-fascismo.

De acordo com o autor, o nazi-fascismo disputaria a mesma base de apoio social que os liberalismos, ou seja as classes médias, pequenos empresários e profissionais anticlericais.

Radicalismo: no sentido filosófico pode ser definido como uma política doutrinária reformista que prega o uso das ações extremas para gerar a transformação completa e imediata das organizações sociais.

O Radicalismo propriamente dito é uma variante do Liberalismo que prega o reformismo de choque e a revolução social. Foi uma força política importante da esquerda Europeia no século XIX.

Franquismo: é um regime político aplicado na Espanha entre 1939 e 1976, durante a ditadura do general Francisco Franco (que morreu em 1975).

Salazarismo: sistema político, financeiro e econômico de Oliveira Salazar, vigente em Portugal de :1928 a abril de 1974.

Mais sobre salazarismo: http://asvinhasdaira.wordpress.com/2007/03/06/o-salazarismo-e-um-fascismo-um-comentario/