30 de janeiro de 2010

Imperativo Categórico


Imperativo categórico é um dos principais paradigmas da filosofia de Immanuel Kant. Sua ética e moral terão por base este preceito. Para o filósofo alemão, imperativo categórico vem a ser o dever de agir na conformidade dos princípios que se quer que sejam aplicados por todos os seres humanos.

O Imperativo Categórico é enunciado com três diferentes fórmulas, são estas:

- O próprio Imperativo Categórico, sobre o qual Kant coloca: “age como se a máxima de tua ação devesse tornar-se, por tua vontade, lei universal da natureza”.

- O Imperativo Universal: “age como se a máxima de tua ação devesse tornar-se, por tua vontade, lei universal da natureza”.

- O Imperativo Prático: “age de tal modo que possas usar a humanidade, tanto em tua pessoa como na pessoa de qualquer outro, sempre como um fim ao mesmo tempo e nunca apenas como um meio”.

Inferência


Inferência: É uma conexão indireta entre assuntos.É uma ilação ou dedução. Em lógica, inferência é a passagem, através de regras válidas, do antecedente ao conseqüente de um argumento.

Contudo, tanto em Coaching quanto em Trabalho Organizacional, a inferência é aplicada em formato de ferramenta - a Escada da Inferência. Essa teoria foi desenvolvida por Chris Argyris, através de uma pesquisa em 1990, com o título de Ladder of Inference, e mostra que adotamos crenças baseadas em conclusões inferidas do que observamos e nem sempre comprovadas, acrescidas por experiências passadas.

Premissa e Falsa premissa


Na lógica, uma premissa é uma fórmula considerada hipoteticamente verdadeira, dentro de uma dada inferência. Esta constitui-se de duas partes: uma coleção de premissas, e uma conclusão.

Uma dada fórmula pode ou não ser conclusão de uma dada coleção de premissas. Isto depende da Lógica ou do sistema lógico considerado.
 
Uma falsa premissa é uma proposição incorreta que dá forma à base de uma silogismo lógico. Uma vez que a premissa (proposição ou assunção) não é correta, a conclusão traçada pode ser errônea. O silogismo baseado em premissas falsas é também conhecido como silogismo erístico. É importante notar, entretanto, que a validade (na técnica, não no senso comum) de um argumento é uma função de sua consistência interna, e não do valor verdadeiro de suas premissas.

Por exemplo, considere o seguinte silogismo, que envolve uma falsa premissa óbvia:
  • Todos os peixes vivem na água. (premissa)
  • A baleia é um peixe. (premissa)
  • Logo, a baleia vive na água. (conclusão)
São verdadeiras a forma do argumento e a conclusão, apesar desta ter sido deduzida baseada em uma premissa falsa.

Outro exemplo:
  • Se as ruas estão molhadas, é porque choveu recentemente. (premissa)
  • As ruas estão molhadas. (premissa)
  • Portanto, choveu recentemente. (conclusão)
Este argumento é logicamente válido, mas demonstravelmente errado porque sua primeira premissa é falsa — alguém com uma mangueira poderia ter molhado as ruas ou o rio local tê-las inundado, etc. Uma análise lógica simples não revela o erro desse argumento, uma vez que essa análise deve aceitar a veracidade das premissas do argumento. Por esta razão, um argumento baseado em premissas falsas pode ser muito mais difícil de refutar, ou mesmo discutir, do que lidar com um erro lógico comum, uma vez que a veracidade de suas premissas deve ser estabelecida para satisfazer todas as partes.

Outra característica de uma argumentação baseada em falsas premissas, que pode confundir as críticas, é que sua conclusão pode de fato ser verdade. Considere o exemplo acima novamente. É bem possível que tenha chovido recentemente, e que as ruas estejam molhadas. Isto, obviamente, não serve para provar a primeira premissa, mas pode fazer com que seja mais difícil de refutar.

A falsa premissa forma a base do problema epistemológico de se estabelecer relações de causalidade.

Silogismo


Um silogismo (do grego antigo συλλογισμός, "conexão de idéias", "raciocínio"; composto pelos termos σύν "com" e λογισμός "cálculo") é um termo filosófico com o qual Aristóteles designou a argumentação lógica perfeita, constituída de três proposições declarativas que se conectam de tal modo que a partir das primeiras duas, chamadas premissas, é possível deduzir uma conclusão. A teoria do silogismo foi exposta por Aristóteles em Analíticos anteriores.

Num silogismo, as premissas são um ou dois juízos que precedem a conclusão e dos quais ela decorre como consequente necessário dos antecedentes, dos quais se infere a consequência. Nas premissas, o termo maior (predicado da conclusão) e o termo menor (sujeito da conclusão) são comparados com o termo médio, e assim temos a premissa maior e a premissa menor segundo a extensão dos seus termos.

Um exemplo clássico de silogismo é o seguinte:

Todo homem é mortal.
    Sócrates é homem.
        Logo, Sócrates é mortal.

O silogismo e sua estrutura

O silogismo é estruturado do seguinte modo:
  • Todo homem é mortal (premissa maior)
    • homem é o sujeito lógico, e fica atrás da cópula;
    • é representa a cópula, isto é, o verbo que exprime a relação entre sujeito e predicado;
    • mortal é o predicado lógico, e fica após a cópula.
  • Sócrates é homem (premissa menor)
Logo, Sócrates é mortal (conclusão).
Conforme Kant, silogismo é todo juizo estabelecido através de uma característica mediata. Dito de outra forma: silogismo é a comparação de uma característica de uma coisa com outra, por meio de uma característica intermediária.

 Mais Detalhes aqui: http://pt.wikipedia.org/wiki/Silogismo

24 de janeiro de 2010

Tecnocracia


Tecnocracia significa, literalmente, governo dos técnicos, que, pelo controle dos meios de produção, tendem a superar o poder político ao invés de apoiar suas atividades. A primeira manifestação da tecnocracia é atribuída ao sociólogo francês Claude-Henri de Rouvroy, conde de Saint-Simon (1760-1825). Ele propôs, em Réorganisation de la Société Européenne, de 1814, a substituição da política pela ciência da produção, o "governo dos homens" pela "administração das coisas".

Descrição conceitual

Numa sociedade Tecnocrática ocorre basicamente a troca da mão-de-obra humana pelas máquinas, de modo a deixar espaço para os humanos apenas quando essencial. Toda a produção, industrialmente maquinaria, seria dividida igualmente para todos. Como o trabalho mecânico é bem mais eficiente que o manual, calcula-se que, se todo o mundo fosse tecnocrático, cada pessoa trabalharia em média 2 horas por dia, e todas teriam um nível de vida igualmente elevado.

Na verdade, cada indivíduo teria direito a 150 mil quilocalorias diárias de alimento, cerca de 700 vezes maior que o necessário para se ter saúde. A tecnocracia seria uma sociedade perfeita, porém, polêmica para os moldes economicos atuais, e de certa forma, dificilmente acessível.

Em primeiro lugar e, visto que todas as formas de governo têm as suas raízes na ideologia, na filosofia, e na opinião política, a tecnocracia tem as suas raízes na ciência. É de fato, mais uma tecnologia do que uma ideia política (mais nisto aqui). Foi desenvolvida por cientistas, por coordenadores, e por outros especialistas que procuram compreender o papel da tecnologia na nossa sociedade (tal como geradores eléctricos, motores grandes da terra, plantas de manufacturização, e o transporte rápido, motorizado).

Este estudo, que abrangeu um período de 10 anos, divulgou a informação importante sobre como a tecnologia afetava a nossa sociedade, e onde estas tendências nos levariam. Sinteticamente, as suas conclusões eram as seguintes, considerando um espaço com desenvolvimento similar aos Estados Unidos ou à Europa Ocidental:
  • A primeira, é de que existe um potencial físico dos recursos para se produzir um padrão elevado de bens e serviços para todos os cidadãos, e que a tecnologia elevada da velocidade para converter estes recursos aos us-forma no volume suficiente já está instalada, e que o pessoal hábil para o operar está actual e disponível. Contudo existe insegurança, a pobreza extensiva e o crime elevado.
  • A segunda conclusão da tecnocracia é que o modelo económico e político atual, (chamado o sistema do preço) não se pode manter adequadamente por muito mais tempo como um método de produção e de distribuição dos bens. A invenção da maquinaria tornou possível produzir uma grande quantidade de bens com apenas um pouco (relativamente) de trabalho do ser humano. Porque as máquinas deslocam homens e mulheres, entretanto, o poder de compra decresce, porque se os povos não podem trabalhar por salários, não podem comprar bens. Nós encontramo-nos, então, nesta situação paradoxal: quanto mais produzimos, menos somos capazes de consumir.
  • A conclusão básica final é que um novo sistema de distribuição deve ser instituído. Deve ser projectado para satisfazer as necessidades especiais de um ambiente adequadamente tecnológico, e que este sistema não deve de forma alguma ser associado com a extensão da contribuição funcional de um indivíduo à sociedade.

Conclusão

O resultado de tudo isto é que o modelo do sistema dos preços trabalhou bem quando existia lá um sistema natural. Entretanto, agora esses, tecnologia e recursos naturais ricos eliminaram o equilíbrio, e então um modelo económico inteiramente novo é requerido. Transformamos os nossos métodos de produção de um modelo agrário num tecnológico, assim devemos também mudar o nosso método de distribuição de um modelo agrário para um tecnológico.
Assim quais são os atributos de uma sociedade tecnocrática? Há muitos, mas alguns podem ser sumarizados aqui:
  • Um método completamente científico do controle da tecnologia.
  • Controles democráticos para todas as edições e decisões não técnicas.
  • Remoção dos métodos do equilíbrio tais como o dinheiro, o débito, o valor, e o interesse.
  • Recolocação destes métodos com uma contabilidade empírica de todos os recursos, produtos, e serviços físicos (chamados Energia Contabilidade).
  • Capacidade produtiva de valor mais alto do que é actualmente possível, sem requerer algum equipamento novo.
  • Diminuição no trabalho requerido do ser humano para produzir estas quantidades com o uso apropriado da automatização.
  • Padrão mais elevado de vida para TODOS os cidadãos em termos de rendimento, da carcaça, dos cuidados de saúde, da instrução, e do lazer.
  • Eliminação ou redução vasta de vários males sociais, tais como a pobreza, o crime, a poluição, a insegurança, e a doença.
Todos estes atributos são possíveis desencadeando-se a capacidade produtiva. A pesquisa que determinou esta conclusão foi completa e profunda.

Aristocracia


Aristocracia (do grego αριστοκρατία, de άριστος (aristos), melhores; e κράτος (kratos), poder, Estado), literalmente poder dos melhores, é uma forma de governo na qual o poder político é dominado por um grupo elitista. Normalmente, as pessoas desse grupo são da classe dominante, como grandes proprietários de terra (latifundiários), militares, sacerdotes, etc. Um exemplo de estado governado pela aristocracia é a antiga cidade-estado de Esparta que, durante toda a sua história, foi governada pela aristocracia latifundiária.

Pontos de vista

Aristóteles chegou a afirmar que a aristocracia é o poder confiado aos melhores cidadãos, sem distinções de nascimento ou riqueza.

Em Platão, o termo aristocracia se funda na virtude e na sabedoria. Caberia, portanto, aos sábios, aos melhores, enfim, dirigir o Estado no rumo do verdadeiro bem.

Em Do contrato social, Jean-Jacques Rousseau define como aristocracia, um governo no qual são magistrados mais do que um cidadão, e menos do que metade de todos eles; um número de magistrados maior que a metade, uma democracia; e o governo no qual há um magistrado único, do qual todos os outros recebem o poder, uma monarquia.

A partir da Idade Média, a aristocracia deixa de ser, terminologicamente, uma forma de poder para indicar um estamento diverso da nobreza e do clero, e que se sobressaía pelos altos postos militares e por privilégios transmitidos hereditariamente, perdendo assim o seu sentido inicial. Hoje o termo é sinônimo de alta sociedade.

Conceito


Um conceito é uma entidade psíquica abstrata e universal que serve para designar uma categoria ou classe de entidades, eventos ou relações.

Um conceito é o elemento de uma proposição como uma palavra é o elemento de uma sentença. Conceitos são abstratos porque omitem as diferenças entre as coisas em sua extensão (semântica), tratando-as como se fossem idênticas e substantivas. Conceitos são universais ao se aplicarem igualmente a todas as coisas em sua extensão.

Conceito é um padrão, ou seja, um modelo a ser seguido. Como uma forma redonda de picolé, que determina um conceito de picolé redondo. Ou na moda, quando do surgimento da mini-saia, foi proposto um conceito de saia curta.

Conceitos são portadores de significado. Um único conceito pode ser expresso em qualquer número de linguagens. O conceito cão pode ser expresso como Hund em alemão, hond em Afrikaans, dog em inglês, perro em castelhano, gos em catalão, hundo em esperanto, txakur na língua basca, chien em francês, can em galego, cane em italiano, canis em latim, inu em japonês etc.

O fato de que conceitos são, de uma certa forma, independentes das linguagens torna a tradução possível; palavras em várias línguas "querem dizer" o mesmo porque expressam um e o mesmo conceito. Conceito: Autoconhecimento, caminho para o crescimento pessoal, tem atrás de si uma ou muitas idéias.

22 de janeiro de 2010

Altruísmo


Percebida muitas vezes como sinônimo de solidariedade, a palavra altruísmo foi criada em 1830 pelo filósofo francês Augusto Comte para caracterizar o conjunto das disposições humanas (individuais e coletivas) que inclinam os seres humanos a dedicarem-se aos outros. Esse conceito opõe-se, portanto, ao egoísmo, que são as inclinações específica e exclusivamente individuais (pessoais ou coletivas).


Além disso, o conceito do altruísmo tem a importância filosófica de referir-se às disposições naturais do ser humano, indicando que o homem pode ser - e é - bom e generoso naturalmente, sem necessidade de intervenções sobrenaturais ou divinas.
 
Na doutrina comtiana, o altruísmo pode apresentar-se em três modalidades básicas: o apego, a veneração e a bondade. Do primeiro para o último, sua intensidade diminui e, por isso mesmo, sua importância e sua nobreza aumentam.

O apego refere-se ao vínculo que os iguais mantêm entre si; a veneração refere-se ao vínculo que os mais fracos têm para com os mais fortes (ou os que vieram depois têm com os que vieram antes); por fim, a bondade é o sentimento que os mais fortes têm em relação aos mais fracos (ou aos que vieram depois).

Budismo

No budismo, o altruísmo é considerado o caminho que nos leva à iluminação. Uma atitude altruísta pode ser interpretada como caridade se bem relacionada com os interesses do próximo. Agir de forma altruísta, é dar-se ou beneficiar alguém em troca dos mesmos prazeres.

Por ser uma atitude de divisão, não se trata de um pensamento egoísta, no entanto, uma atitude altruísta pode ser confundida com egoísmo, quando misturamos nossos prazeres pessoais com a insatisfação de quem os recebe. No budismo, ser altruísta em geral é muito positivo, além do grande prazer em dedicar-se ao outro, cria laços de confraternização, o que nos faz crescer interna e externamente.

Quando reconhecemos as necessidades alheias, sentimos nossa percepção do mundo ampliar. A vida tem significados maiores quando somos úteis e nos sentimos mais ativos socialmente. Por isso nos tornamos pessoas melhores.

1 de janeiro de 2010

Estoicismo


O estoicismo é uma doutrina filosófica que afirma que todo o universo é corpóreo e governado por um Logos divino (noção que os estóicos tomam de Heráclito e desenvolvem). A alma está identificada com este princípio divino, como parte de um todo ao qual pertence. Este lógos (ou razão universal) ordena todas as coisas: tudo surge a partir dele e de acordo com ele, graças a ele o mundo é um kosmos (termo que em grego significa "harmonia").

O estoicismo propõe viver de acordo com a lei racional da natureza e aconselha a indiferença (apathea) em relação a tudo que é externo ao ser. O homem sábio obedece à lei natural reconhecendo-se como uma peça na grande ordem e propósito do universo.

O estoicismo floresceu na Grécia com Cleantes de Assos e Crisipo de Solis, sendo levada a Roma no ano 155 a.C. por Diógenes de Babilônia. Ali seus continuadores foram Marco Aurélio, Séneca, Epiteto e Lucano.

A partir disso surgem duas conseqüências éticas: deve-se «viver conforme a natureza»: sendo a natureza essencialmente o logos, essa máxima é prescrição para se viver de acordo com a razão.

Sendo a razão aquilo por meio do que o homem torna-se livre e feliz, o homem sábio não apreende o seu verdadeiro bem nos objetos externos, mas bem usando estes objetos através de uma sabedoria pela qual não se deixa escravizar pelas paixões e pelas coisas externas.

A última época do estoicismo, ou período romano, caracteriza-se pela sua tendência prática e religiosa, fortemente acentuada como se verifica nos Discursos e no Enchiridion de Epiteto e nos Pensamentos ou Meditações de Marco Aurélio.

Estóico: Diz-se daquele que revela fortaleza de ânimo e austeridade. Impassível; imperturbável; insensível.

A escola estóica foi fundada no século III a.C. por Zenão de Cítio (de Cittium), e que preconizava a indiferença à dor de ânimo oposta aos males e agruras da vida, em que reunia seus discípulos sob pórticos ("stoa", em grego) situados em templos, mercados e ginásios. Foi bastante influenciada pelas doutrinas cínica e epicurista, além da clara influência de Sócrates.

Antinomia


Uma antinomia (ou paradoxo) é a afirmação simultânea de duas proposições (teses, leis etc.) contraditórias. A antinomia no campo do Direito recebe o nome de antinomia jurídica.

 As antinomias também aparecem na matemática, principalmente nas áreas de lógica e teoria dos conjuntos. As antinomias tiveram um papel central nos trabalhos científicos na área de matemática do início do século XX, principalmente nas tentativas de Georg Cantor de definir a teoria dos conjuntos, no projeto de David Hilbert de formalizar a matemática e nos trabalhos de Kurt Gödel e Alan Turing sobre a incompletude dos sistemas formais.