21 de dezembro de 2010

Agnose

Existe uma diferença profunda entre Ateísmo e Ceticismo, mas me parece que a maioria das pessoas confunde um pouco os dois. Um ateu é, também, um crente: ele acredita em algo, mesmo que por contraste, mesmo que “negativamente”. Por exemplo: o ateu acredita que Deus não existe. Isto também é um artigo de fé. O cético nem acredita, nem deixa de acreditar: ele considera ambas as possibilidades válidas: pode ser que Deus exista… Pode ser que Deus não exista…

Um indivíduo pode ser não-religioso e, ao mesmo tempo, espiritual. Porque religião tem a ver com Deus – e, portanto, com fé - e espiritualidade tem a ver com si mesmo, com valores que embora as pessoas normalmente confundam, estão mais ligados a si próprio, ao seu íntimo, do que com divindades. Espiritualidade, da forma como a entendo, tem a ver com o dentro, enquanto que religião tem a ver com o fora. A espiritualidade necessariamente precisa brotar inicialmente do interior de um indivíduo, de seus questionamentos, curiosidades, reflexões, temores; é sempre um movimento de dentro para fora. A religião é, em primeiro lugar, um movimento exterior. Na maioria das vezes ela é imposta por pais ou pessoas do círculo íntimo de uma pessoa, em tenra idade, e é “adotada” ou “assimilada”, sem muitas reflexões, por toda a vida. É comum ouvir alguém dizer, por exemplo: “Sou católico porque meus avós e meus pais eram católicos, e sigo a religião dos meus pais…” Parece-me que um indivíduo religioso pode transformar-se também em espiritual enquanto que um indivíduo espiritual raramente se tornará religioso. Uma pessoa religiosa está ligada a dogmas, credos e preceitos que, via de regra, são mutuamente excludentes: apenas um credo, uma fé, um dogma são os ”corretos” enquanto a fé, os dogmas e os credos de outras religiões são encarados com um olhar condescendente ou francamente hostil. Na religião, uma só Verdade deve prevalecer. Uma pessoa espiritual vê pontos de sabedoria na maior parte das religiões, não uma única Verdade absoluta. O guru indiano Osho dizia que era como um pássaro em um jardim: por que deleitar-se apenas com o néctar de uma só flor, quando há tanto néctar em todas as flores do jardim? “Sou como um pássaro num jardim; vou de flor em flor (de religião em religião) bebendo daquilo que me interessa”. O desafio está em construir uma visão coerente, uma espiritualidade coerente, procedendo desta maneira – porque o risco é de acabar-se com uma miscelânea incoerente e bizarra nas mãos. Mas ninguém disse - eunão estou dizendo – que o caminho da espiritualidade é fácil…

Agnose não é Ateísmo – Agnose é aceitar que a assim chamada “Verdade” não é acessível pelos sentidos e pelo intelecto humano e que, portanto, a busca por Deus é inútil; não se trata de aceitar ou recusar Deus, mas sim de entender que um ser como Deus não nos é apreensível e/ou cognoscível e, portanto, a busca por Ele é destituída de real interesse prático. A Agnose não está preocupada em provar ou refutar a existência de Deus. A Agnose diz: tal interesse é inútil. Então o que resta? O Ateísmo? O Materialismo? O Niilismo? Não: a Espiritualidade que é voltada para o ser humano, que procura meios de aperfeiçoá-lo com a ajuda de uma série de ferramentas (Filosofia, Psicologia, Psicanálise, Esportes, Artes, Música, etc.), que não tem nada ou muito pouco a ver com a religião.

Levei muitos anos – e perdi precioso tempo – para entender que sou espiritual mas não religioso. Talvez por isso “religiões” como o Budismo me atraiam tanto: o Budismo, em sua essência, tem mais a ver com espiritualidade do que com religião. No Budismo não há Deus, mas há a busca por uma evolução interior – que, em tese, poderia também ser alcançada através das Artes, ou de praticamente qualquer outro instrumento -, a busca por um auto-aperfeiçoamento que, em última análise, serve para aquilo que é mais importante: a busca da felicidade.

Aqui: http://agnose.wordpress.com/

30 de maio de 2010

O que é agnosticismo?

Agnosticismo é a crença de que a existência de Deus é impossível de ser conhecida ou provada. A palavra “agnóstico” significa essencialmente “sem conhecimento”. Agnosticismo é uma forma mais intelectualmente honesta do ateísmo. O ateísmo afirma que Deus não existe – uma posição que não pode ser provada. O agnosticismo argumenta que a existência de Deus não pode ser provada ou deixar de ser provada – que é impossível saber se Deus existe. Neste conceito, o agnosticismo está certo. A existência de Deus não pode ser provada ou deixar de ser provada empiricamente.

A Bíblia nos diz que nós devemos aceitar por fé que Deus existe. Hebreus 11:6 diz: “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam”. Deus é espírito (João 4:24), então ele não pode ser visto ou tocado. A menos que Deus decida revelar a Si próprio, Ele é essencialmente invisível aos nossos sentidos (Romanos 1:20). A Bíblia ensina que a existência de Deus pode ser claramente vista no universo (Salmos 19:1-4), percebida na natureza (Romanos 1:18-22) e confirmada nos nossos próprios corações (Eclesiastes 3:11).

O agnosticimo é essencialmente a falta de vontade de tomar uma decisão a favor ou contra a existência de Deus. É a posição mais “em cima do muro” que existe. Teístas acreditam que Deus existe. Ateus acreditam que Deus não existe. Agnósticos acreditam que nós não deveríamos acreditar ou desacreditar na existência de Deus – porque é impossível conhecê-la.

Por um instante, vamos deixar de lado as evidências claras e inegáveis da existência de Deus. Se colocamos as posições do teísmo e do ateísmo/agnosticismo no mesmo nível, em qual delas faz mais “sentido” acreditar – levando em conta a possibilidade de vida após a morte? Se não há Deus, teístas e ateus/agnósticos simplesmente cessarão de existir quando morrerem. Se há um Deus, ateus e agnósticos terão Alguém a quem prestar contas quando morrerem. Deste ponto de vista, definitivamente faz mais “sentido” ser um teísta do que um ateu/agnóstico. Se nenhuma das posições pode ser provada ou deixar de ser provada, não parece mais sábio fazer todo o esforço necessário para acreditar na posição que poderá ter um resultado final infinita e eternamente mais desejável?

É normal ter dúvidas. Existem tantas coisas neste mundo que nós não entendemos. Com freqüência, as pessoas duvidam da existência de Deus porque elas não entendem ou concordam com as coisas que Ele faz e permite. No entanto, nós, como seres humanos finitos, não devemos esperar entender um Deus infinito. Romanos 11:33-34 exclama: “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro?” Nós devemos acreditar em Deus pela fé e confiar nos seus caminhos pela fé. Deus está pronto e com vontade de revelar a Si próprio de formas incríveis para aqueles que acreditam nele. Deuteronômio diz: “De lá, buscarás ao SENHOR, teu Deus, e o acharás, quando o buscares de todo o teu coração e de toda a tua alma.”

No site - http://www.gotquestions.org/portugues/agnosticismo.html

Pensamento intuitivo

O pensamento intuitivo é uma forma de pensamento caracterizada pelo uso da intuição. Diz-se que um indivíduo pensa intuitivamente quando, tendo trabalhado por muito tempo sobre um problema, repentinamente encontra a solução, para a qual, porém, tem que descobrir uma prova formal. Por outro lado, diz-se que um indivíduo é um bom matemático intuitivo se, quando outros lhe apresentam problemas, é capaz de, rapidamente, dar indicações muito boas sobre se algo é deste ou daquele modo, ou sobre qual será a mais fecunda abordagem de um problema, entre as várias possíveis.

É Jerome S. Bruner quem mais destaca a importância da distinção entre pensamento analítico e intuitivo.

Pensamento sintético

O pensamento sintético é uma forma de pensamento que utiliza a função de um fenômeno em um sistema maior para explicá-lo. Assim os órgãos do organismo humano, são explicados pelo papel que desempenham no organismo e não pelo comportamento de seus tecidos ou de suas estruturas de organização.

Pode-se dizer que este pensamento é o oposto do pensamento analítico, que faz o trabalho inverso ao dividir o sistema maior em partes menores que são mais facilmente explicáveis.

Pensamento analítico


O pensamento analítico é uma forma de pensamento com objetivo de explicar as coisas através da decomposição em partes mais simples, que são mais facilmente explicadas ou solucionadas, e uma vez entendidas tornam possível o entendimento do todo. O comportamento do todo é assim explicado pelo comportamento das partes. Estas partes, em geral, podem ser relatadas a outra pessoa por aquele que pensa.

Foi Jerome S. Bruner quem mais destaca a importância da distinção entre pensamento analítico e intuitivo.

Este pensamento se processa relativamente com plena consciência da informação e das operações que implica. Pode envolver raciocínio cauteloso e dedutivo, muitas vezes utilizando matemática ou lógica e um explícito planejamento de ações. Ou pode envolver um processo gradativo de indução e experimento, empregando princípios de técnica de pesquisa e de análise estatística.

O pensamento analítico também é central na solução de problemas. Para solucionar problemas é preciso subdividí-los em problemas menores, que recebem soluções particulares. Supõe-se que uma vez solucionados os problemas menores estará solucionado o maior.

Exemplo

Um exemplo de pensamento analítico:
  1. Definição do Problema;
  2. Formulação da Hipótese;
  3. Coleta dos Fatos;
  4. Condução da Análise;
  5. Desenvolvimento da Solução;
Em um outro exemplo, a temperatura do corpo, por exemplo, pode ser explicado como uma função da velocidade das partículas da matéria das quais ele é composto.

Deuteronômio

Deuteronômio (português brasileiro) ou Deuteronómio (português europeu) é o quinto livro da Bíblia. Faz parte do Pentateuco, os cinco primeiros livros bíblicos, cuja autoria é, tradicionalmente, atribuída a Moisés. É um dos livros do Antigo Testamento da Bíblia e possui 34 capítulos.

Contém os discursos de Moisés ao povo, no deserto, durante seu êxodo do Egito à Terra Prometida por Deus. O nome é de origem grega e quer dizer segunda lei ou repetição da lei.

Os discursos contidos nesse livro, em geral, reforçam a idéia de que servir a Deus não é apenas seguir sua lei. Moisés enfatiza a obediência em conseqüencia do amor: "Amarás a Jeová teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e com todo o teu entendimento". Também é enfatizado o "caminho da bênção e da maldição", no qual Deus previne o povo a seguir seus mandamentos, pelos quais o povo ou seria abençoado, ou receberia maldições (porém, caso se arrependesse e voltasse a seguir de coração a Deus, ele se arrependeria e perdoaria o povo).

28 de maio de 2010

Maiêutica

A Maiêutica Socrática é o momento do "parto" intelectual, da procura da verdade no interior do Homem. Sócrates conduzia este parto em dois momentos: No primeiro, ele levava os seus discípulos ou interlocutores a duvidar de seu próprio conhecimento a respeito de um determinado assunto; no segundo, Sócrates os levava a conceber, de si mesmos, uma nova idéia, uma nova opinião sobre o assunto em questão. Através de questões simples, inseridas dentro de um contexto determinado, a Maiêutica dá à luz idéias complexas.

A auto-reflexão, expressa no nosce te ipsum - "conhece-te a ti mesmo" - põe o Homem na procura das verdades universais que são o caminho para a prática do bem e da virtude.

A Maiêutica, criada por Sócrates no século IV A.C., tem seu nome inspirado na profissão de sua mãe, que era parteira.

Há certa divergência historiográfica sobre a utilização de tal método por Sócrates. Historiadores afirmam que a denominação e associação de tal método ao filósofo decorre da narração, não necessariamente fiel, da vida de Sócrates por parte de Platão. Deve-se chamar, então, a instrumentação argumentativa do filósofo de elenkhos.

24 de maio de 2010

O que é holístico?

Holística é um termo que vem do grego “holos” = igual ao todo, mais que se inspira também da palavra inglesa “wholy” = igual ao sagrado, santo. Holística é, por conseguinte um termo que ao mesmo tempo indica uma tendência ao ver o todo além das partes, ele considera  esse todo como santo e sagrado.
A palavra holística nestes últimos 20 anos tem penetrado progressivamente no âmbito da filosofia, da teologia, da educação, da ecologia, da economia, e demais domínios do conhecimento humano. Ela representa na realidade todo um movimento de mudança de sentido, não somente da ciência mais ainda de todo conhecimento humano. Uma nova visão, chamada visão holística do real tem surgido sob influência das descobertas da Física Quântica e da Psicologia Transpessoal.
A Física Quântica, de um lado tem mostrado que a nossa percepção de uma realidade concreta de objeto percebido por um sujeito é uma ilusão e que em última instância, depois da fórmula da relatividade de Heistein, matéria é energia.
De outro lado, a Psicologia transpessoal nos mostra que o estado de consciência de vigília, em que estamos percebendo o mundo concreto e tangível é, na realidade, uma ilusão e que existe o estado transpessoal da consciência, vivenciado pelos grandes santos místicos. Existe uma realidade iluminada absoluta, em que o ego como o sujeito se dissolve completamente constatando que era uma ilusão.
O movimento holístico consiste em passar da realidade relativa do mundo concreto a realidade absoluta do mundo de luz e de integrar os dois mundos de tal modo que o programa do todo se encontra em todas as partes.
O movimento holístico, por conseguinte, transcende toda fragmentação disciplinar e integra nele o novo paradigma transdisciplinar, tal como foi descrito, por Basarab Nicolescu.
Inúmeros congressos holísticos e transdisciplinares tem sido realizado no Brasil pela Universidade Holística Internacional de Brasília. Neles cientistas, artistas, filósofos e membros das grandes tradições espirituais trocam idéias e comungam de um mesmo espírito. Creio que o movimento da nova consciência também pode se inscrever como movimento holístico, no que se refere sobretudo ao aspecto transreligioso.

Hermenêutica

Hermenêutica é um ramo da filosofia que se debate com a compreensão humana e a interpretação de textos escritos. A palavra deriva do nome do deus grego Hermes, o mensageiro dos deuses, a quem os gregos atribuíam a origem da linguagem e da escrita e considerado o patrono da comunicação e do entendimento humano.

Origem do Termo

O termo "hermenêutica" provém do verbo grego "hermēneuein" e significa "declarar", "anunciar", "interpretar", "esclarecer" e, por último, "traduzir". Significa que alguma coisa é "tornada compreensível" ou "levada à compreensão".

Alguns defendem que o termo deriva do nome do deus da mitologia grega Hermes. O certo é que este termo originalmente exprimia a compreensão e a exposição de uma sentença "dos deuses", a qual precisa de uma interpretação para ser apreendida corretamente.

Encontra-se desde os séculos XVII e XVIII o uso do termo no sentido de uma interpretação correta e objetiva da Bíblia. Spinoza é um dos precursores da hermenêutica bíblica.

Outros dizem que o termo "hermenêutica" deriva do grego "ermēneutikē" que significa "ciência", "técnica" que tem por objeto a interpretação de textos poéticos ou religiosos, especialmente da Ilíada e da "Odisséia"; "interpretação" do sentido das palavras dos textos; "teoria", ciência voltada à interpretação dos signos e de seu valor simbólico.

Hermes é tido como patrono da hermenêutica por ser considerado patrono da comunicação e do entendimento humano

Mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hermen%C3%AAutica

22 de maio de 2010

Burguesia

A burguesia é uma classe social que surgiu nos primeiros séculos da Idade Média na Europa (séculos XI e XII) com o renascimento comercial e urbano. Dedicava-se ao comércio de mercadorias (roupas, especiarias, joias) e prestação de serviços (atividades financeiras).

A formação da burguesia

Os burgueses eram os habitantes dos burgos, que eram pequenas cidades protegidas por muros. Como eram pessoas pobres sem dinheiro, que trabalhavam como escravos, não eram bem vistas pelos integrantes da nobreza, que era quem, até essa altura era o principal detentor da riqueza. Os mais pobres ficavam fora das muralhas e eram denominados de "extraburgos".

No entanto, os burgueses não sonhavam com enriquecer-se nem, muito menos, com tomar o poder. Desprezados pelos nobres, estes burgueses eram herdeiros da classe medieval dos vilões e, por falta de alternativas, dedicaram-se ao comércio, que, alguns séculos mais tarde, serviria de base para o surgimento do capitalismo.

Com a aparição da doutrina marxista, a partir do século XIX, a burguesia passou a ser identificada como a classe dominante do modo de produção capitalista e, como tal, lhe foram atribuídos os méritos do progresso tecnológico, mas foi também responsabilizada pelos males da sociedade contemporânea. Os marxistas cunharam também o conceito de "pequena burguesia", que foi como chamaram o setor das camadas médias da sociedade atual, regido por valores e aspirações da burguesia.

As igrejas do Período Medieval, além de dar o conhecimento religioso aos cristãos, tomaram conta do ensinamento nas escolas, que ficavam no fundo dos mosteiros, mas a burguesia proibiu a igreja de continuar a dar aulas, quem tomara conta do ensino eram os burgueses que, além do conhecimento religioso, ensinavam o que era preciso para ser um burguês, ou seja, ensinavam o comércio e o conhecimento dos números.

 Mas: http://pt.wikipedia.org/wiki/Burguesia

15 de maio de 2010

Teosofia

A Teosofia é um corpo de conhecimento que sintetiza Filosofia, Religião e Ciência. Tanto hoje como na antiguidade, a Teosofia se constitui na sabedoria universal e eterna presente nas grandes religiões, filosofias e nas principais ciências da humanidade, e pode ser encontrada na raiz ou origem, em maior ou menor grau, dos diversos sistemas de crenças ao longo da história.

A teosofia foi apresentada ao mundo moderno por Helena Blavatsky, no final do século XIX, e desde então vem sendo divulgada por teosofistas em diversos países . Com seu caráter interdisciplinar, a teosofia proporciona uma ponte entre as diversas culturas e tradições religiosas. Segundo Blavatsky, “Teosofia é conhecimento divino ou ciência divina.”

Origens do nome

"[...]"Saber Divino", θεοσοφία (Theosophia) é Sabedoria dos deuses, como θεογονία (Theogonia), genealogia dos deuses. A palavra θεός, em grego significa um deus, um dos seres divinos, e de modo nenhum "Deus", no sentido que atualmente damos a esse termo."

O nome teosofia aparece no terceiro século da nossa era, cunhado por Amônio Sacas, fundador da Escola Eclética de Alexandria e pai do Neoplatonismo. Seu conceito porém existe há mais tempo. Diógenes Laércio comenta que ele já era conhecido antes da Dinastia Ptolomaica do Egito e nomeia como seu formulador um hierofante chamado Pot Amum. Na Idade Média, Jacob Boehme era conhecido como um teosofista, e o termo novamente foi utilizado nos Anais Teosóficos da Sociedade de Philadelphia, publicado em 1697, encontrando ainda correspondência na filosofia hindu, onde “teosofia” equivale a Brahma-Vidya, conhecimento divino. A palavra ganhou notoriedade a partir da fundação da Sociedade Teosófica por Helena Petrovna Blavatsky e outros, em 1875.

Atividade lúdica

Atividade lúdica é todo e qualquer movimento que tem como objetivo produzir prazer quando de sua execução, ou seja, divertir o praticante. A atividade lúdica também é conhecida como brincadeira.

Sumariamente teríamos as seguintes caracteristicas sobre elas: - são brinquedos ou brincadeiras menos consistentes e mais livres de regras ou normas; - são atividades que não visam a competição como objetivo principal, e mas a realização de uma tarefa de forma prazerosa; - existe sempre a presença de motivação para atingir os objetivos.

Desde os filósofos gregos que se utiliza esse expediente para ajudar os aprendizes. Assim, brincadeiras e jogos podem e devem ser utilizados como uma ferramenta importante de educação. Frequentemente, as atividades lúdicas também ajudam a memorizar fatos e ajudam em testes cognitivos.

As atividades lúdicas por oferecem exercícios físicos sadio e intenso, feito alegremente, e quase sempre socialmente aceitas de explorar as próprias possibilidades e de descobrir o mundo; propiciam desafogo de dificuldades emocionais e sentimentos confusos de conflitos e de agressividade, fortalecendo entre outras coisas a auto-estima e a segurança.

Através da atividade lúdica, a criança aprenderá brincando, de uma maneira agradável, com brincadeiras tais como: jogo de damas, gincana cultural, brincadeiras como boliche, onde cada garrafa que ele derrubar responderá uma pergunta,etc, será um fator facilitador para o aprendizado, pois sentirá prazer em estar participando ao mesmo tempo que estará se desenvolvendo nas diferentes áreas da Educação.

Na Educação Infantil,as atividades lúdicas favorecem o desenvolvimento e o apredizado das crianças de 0 a 5 anos de idade. Brincando, as crianças interagem umas com as outras, desempenham papéis sociais (papai e mamãe), desenvolvem a imaginação, criatividade e capacidade motora e de raciocínio.

Consideramos necessário que as brincadeiras sejam direcionadas, possuam um objetivo pois elas são importantes no desenvolvimento afetivo, motor, mental, intelectual, social, enfim no desenvolvimento integral da criança.


Hoje as crianças não brincam mais de esconde-esconde, pega-pega, passa-anel, quando não estão jogando videogame estão na frente do computador ou da televisão. Algumas crianças possuem tantos compromissos que não tem tempo mais para brincar. A brincadeira não é um passatempo, ela ajuda no desenvolvimento, promovendo processos de socialização e descoberta do mundo.

Advento

O Advento (do latim Adventus: "chegada", do verbo Advenire: "chegar a") é o primeiro tempo do Ano litúrgico, o qual antecede o Natal. Para os cristãos, é um tempo de preparação e alegria, de expectativa, onde os fiéis, esperando o Nascimento de Jesus Cristo, vivem o arrependimento e promovem a fraternidade e a Paz. No calendário religioso este tempo corresponde às quatro semanas que antecedem o Natal. 

Origem
A primeira referência ao "Tempo do Advento" é encontrada na Espanha, quando no ano 380, o Sínodo de Saragossa prescreveu uma preparação de três semanas para a Epifania, data em que, antigamente, também se celebrava o Natal. Na França, Perpétuo, bispo de Tours, instituiu seis semanas de preparação para o Natal e, em Roma, o Sacramentário Gelasiano cita o Advento no fim do século V.

Há relatos de que o Advento começou a ser vivido entre os séculos IV e VII em vários lugares do mundo, como preparação para a festa do Natal.

No final do século IV na Gália (atual França) e na Espanha, tinha caráter ascético com jejum, abstinência e duração de 6 semanas como na Quaresma (quaresma de S. Martinho). Este caráter ascético para a preparação do Natal se devia à preparação dos catecumenos para o batismo na festa da Epifania.

Somente no final do século VII, em Roma, é acrescentado o aspecto escatológico do Advento, recordando a segunda vinda do Senhor e passou a ser celebrado durante 5 domingos.

Só mais tarde é que o Advento passou a ser celebrado nos seus dois aspectos: a vinda definitiva do Senhor e a preparação para o Natal, mantendo a tradição das 4 semanas. A Igreja entendeu que não podia celebrar a liturgia, sem levar em consideração a sua essencial dimensão escatológica.

Surgido na Igreja Católica, este tempo passou também para as igrejas reformadas, em particular à Anglicana, à Luterana, e à Metodista, dentre várias outras. A igreja Ortodoxa tem um período de quarenta dias de jejum em preparação ao Natal.

14 de maio de 2010

Sensacionalismo

Sensacionalismo é geralmente o nome dado a um tipo de postura editorial adotada regular ou esporadicamente por determinados meios de comunicação, que se caracteriza pelo exagero, pelo apelo emotivo e pelo uso de imagens fortes na cobertura de um fato jornalístico. Exagero de tal fato exibido com muitas cenas emotivas e de certa forma generalizando o tema exibido.


Ultimamente usa-se esse recurso para ganhar audiência, pois choca a mente dos espectadores.

Esta prática não é um fenómeno isolado, ou seja, faz parte de um processo histórico e cultural, sendo influenciado por matrizes como a pornografia, o melodrama, o folhetim, o romance gótico, a literatura de horror, a literatura fantástica e o romance policial.

12 de maio de 2010

Efeméride

Efemérides significam, em latim, "memorial diário", "calendário" (ephemèris,ìdis), ou, em grego, "de cada dia" (ephémerís,îdos). A palavra efêmero/a ("que dura um dia") tem a mesma etimologia.

Uma efeméride é um fato relevante escrito para ser lembrado ou comemorado em um certo dia, ou ainda uma sucessão cronológica de datas e de seus respectivos acontecimentos. Há a possibilidade de classificá-la de diversas formas, como, por exemplo, histórica, vexilológica ou hagiográfica.

Na forma plural, "efemérides", nomeadamente, "efemérides astronômicas" ou "efemérides monárquicas", é o termo usado por magos, astrônomos, astrólogos e monarcas para anunciar a tanto as ocorrências de alguns acontecimentos celestiais eclipse, cometas bem como escolher a posição dos astros para assinaturas e tratados imperiais tudo de acordo com a posição dos astros de cada dia, normalmente encontrados num conjunto de tabelas denominadas hoje efemérides astronômicas que indicam a posição dos astros para cada dia do ano.

Modernamente, as efemérides astronômicas são calculadas por algoritmos.

Holding

Uma sociedade gestora de participações sociais (conhecida em inglês por holding) é forma de sociedade criada com o objetivo de administrar um grupo delas (conglomerado). Na holding, essa empresa criada para administrar possui a maioria das ações ou quotas das empresas componentes de determinado grupo de empresas. Essa forma de sociedade é muito utilizada por médias e grandes corporações e normalmente visa melhorar a estrutura de capital da empresa ou como parte de alguma parceria com outras empresas.

Um exemplo prático de como uma holding pode ser utilizada: A empresa Acme fabrica e vende sapatos no Brasil. Ela acha que pode ganhar dinheiro se vender tênis também, mas ela não tem nenhuma experiência na fabricação de tênis. A empresa alemã Beta faz ótimos tênis e gostaria de vender seus produtos no Brasil, mas ela não tem uma rede de varejistas (Brasil) retalhistas (Portugal) para distribui-los. Acme e Beta então fecham uma parceria para distribuir seus produtos no país. Uma maneira de formalizar o acordo seria a criação da AB Importadora e Distribuidora Ltda. Acme criaria a Acme Holding que seria dona de 100% do capital da antiga empresa Acme Sapatos e de 51% do capital da AB. Beta seria dona dos outros 49% do capital da AB.

Existem duas modalidades de holding:
  • A pura, quando de/do seu objetivo social conste somente a participação no capital de outras sociedades.
  • A mista, quando além da participação, ela serve a exploração de alguma atividade empresarial.
Segundo Fábio Nusdeo (2001:276), holding é: "(...) sociedade cuja a totalidade ou parte de seu capital é aplicada em ações de outra sociedade gerando controle sobre a administração das mesmas. Por essa forma assegura-se uma concentração do poder decisório nas mãos da empresa mãe - holding. Note-se, porém que nem sempre a holding é usada para esse fim."

10 de maio de 2010

Interjeição


As interjeições são palavras invariáveis que exprimem estados emocionais, ou mais abrangentemente: sensações e estados de espírito; ou ate mesmo serve como auxiliador expressivo para o interlocutor, já que lhe permite a adoção de um comportamento que pode dispensar estruturas linguísticas mais elaboradas.

As interjeições podem ser classificados de acordo com o sentimento que traduzem. Segue alguns exemplos para cada emoção: [[Media:
  • Alegria: oba!, eba!, viva!, oh!, ah!, uhu!, eh! , gol!, que bom!, iupi!
  • Saudação: oi!, olá!, salve!, adeus!, viva!, alô!
  • Alívio: ufa!, uf!, ah!, ainda bem!, arre!
  • Animação, estímulo: coragem!, avante!, firme!, vamos!, eia!
  • Aprovação, aplauso: bravo!, bis!, viva!, muito bem!
  • Desejo: tomara!, oxalá!, queira deus!, oh!, pudera!
  • Dor: ai! ui!
  • Espanto, surpresa, admiração: ah!, chi!, ih!, oh!, uh!, ué!, puxa!, uau!, caramba!, caraca!, putz!, gente!, céus!, uai!, horra!, nossa! (francês: oh lala)
  • Impaciência: hum!, hem!, raios!, diabo!, puxa!, pô!, cacete!
  • Invocação, chamamento, apelo: alô!, olá!, psiu!, socorro!, ei!, eh!, ô!
  • Medo,terror: credo!, cruzes! uh!, ui!socorro!
Outros exemplos que não representam emoções:
  • Ordem: silêncio! alto! basta! chega! quietos!
  • Derivados do inglês: yes! ok!
Os principais tipos de interjeição são aqueles que exprimem:
  • a) afogentamento: arreda! - fora! - passa! - sai! - roda! - rua! -toca! - xô! - xô pra lá!
  • b) alegria ou admiração: oh!, ah!, olá!, olé!, eta!, eia!
  • c) advertência: alerta!, cuidado!, alto lá!, calma!, olha!, Fogo!
  • d) admiração: puxa!
  • e) alívio: ufa!, arre!, também!
  • f) animação: coragem!, eia!, avante!, upa!, vamos!
  • g) apelo: alô!, olá!, ó!
  • h) aplauso: bis!, bem!, bravo!, viva!, apoiado!, fiufiu!, hup!, hurra!, isso!, muito bem!, parabéns!
  • i) agradecimento: graças a Deus!, obrigado!, obrigada!, agradecido!
  • j) chamamento: Alô!, hei!, olá!, psiu!, pst!, socorro!
  • k) estímulo: ânimo!, adiante!, avante!, eia!, coragem!, firme!, força!, toca!, upa!, vamos!
  • l) desculpa: perdão!
  • m) desejo: oh!, oxalá!, tomara!, pudera!, queira Deus!, quem me dera!,
  • n) despedida: adeus!, até logo!, bai-bai!, tchau!
  • o) dor: ai!, ui!, ai de mim!
  • p) dúvida: hum! Hem!
  • q) cessação: basta!, para!
  • r) invocação: alô!, ô, olá!
  • s) espanto: uai!, hi!, ali!, ué!, ih!, oh!, poxa!, quê!, caramba!, nossa!, opa!, Virgem!, xi!, terremoto!, barrabás!, barbaridade!,
  • t) impaciência: arre!, hum!, puxa!, raios!
  • u) saudação: ave!, olá!, ora viva!, salve!, viva!, adeus!,
  • v) saudade: ah!, oh!
  • w) silêncio: psiu!, silêncio!, caluda!, psiu! (bem demorado), psit!
  • x) suspensão: alto!, alto lá!
  • y) terror: credo!, cruzes!, Jesus!, que medo!, uh!, ui!, fogo!, barbaridade!
  • z) interrogação: hei!…
A compreensão de uma interjeição depende da análise do contexto em que ela aparece. Quando a interjeição é expressada com mais de um vocábulo, recebe o nome de locução interjetiva. Ora bolas!, cruz credo!, puxa vida!, valha-me Deus!, se Deus quiser! Macacos me mordam!

A interjeição é considerada palavra-frase, caracterizando-se como uma estrutura à parte. Não desempenha função sintática.

8 de maio de 2010

Solstício

Na astronomia, solstício é o momento em que o Sol, durante seu movimento aparente na esfera celeste, atinge a maior declinação em latitude, medida a partir da linha do equador. Os solstícios ocorrem duas vezes por ano: em dezembro e em junho. O dia e hora exatos variam de um ano para outro. Quando ocorre no verão significa que a duração do dia é a mais longa do ano. Analogamente, quando ocorre no inverno, significa que a duração da noite é a mais longa do ano.

No hemisfério norte o solstício de verão ocorre por volta do dia 21 de junho e o solstício de inverno por volta do dia 21 de dezembro. Estas datas marcam o início das respectivas estações do ano neste hemisfério. Já no hemisfério sul, o fenômeno é simétrico: o solstício de verão ocorre em dezembro e o solstício de inverno ocorre em junho. Os momentos exatos dos solstícios, que também marcam as mudanças de estação, são obtidos por cálculos de astronomia (consulte a tabela abaixo para os valores de alguns anos).

Devido à órbita elíptica da Terra, as datas nas quais ocorrem os solstícios não dividem o ano em um número igual de dias. Isto ocorre porque quando a Terra está mais próxima do Sol (periélio) viaja mais velozmente do que quando está mais longe (afélio).

Os trópicos de Câncer e Capricórnio são definidos em função dos solstícios. No solstício de verão no hemisfério sul, os raios solares incidem perpendicularmente à Terra na linha do Trópico de Capricórnio. No solstício de inverno do hemisfério sul, ocorre a mesma coisa no Trópico de Câncer.

26 de abril de 2010

Existencialismo

O existencialismo é uma corrente filosófica e literária que destaca a liberdade individual, a responsabilidade e a subjetividade do ser humano. O existencialismo considera cada homem como um ser único que é mestre dos seus atos e do seu destino.

O existencialismo afirma o primado da existência sobre a essência, segundo a célebre definição do filósofo francês Jean-Paul Sartre: "A existência precede e governa a essência." Essa definição funda a liberdade e a responsabilidade do homem, visto que esse existe sem que seu ser seja pré-definido. Durante a existência, à medida que se experimentam novas vivências redefine-se o próprio pensamento (a sede intelectual, tida como a alma para os clássicos), adquirindo-se novos conhecimentos a respeito da própria essência, caracterizando-a sucessivamente. Esta característica do ser é fruto da liberdade de eleição. Sartre, após ter feito estudos sobre fenomenologia na Alemanha, criou o termo utilizando a palavra francesa "existence" como tradução da palavra alemã "Dasein", termo empregado por Heidegger em Ser e tempo.

Após a Segunda Guerra Mundial, uma corrente literária existencialista contou com Albert Camus e Boris Vian, além do próprio Sartre. É importante notar que Albert Camus, filósofo além de literato, ia contra o existencialismo, sendo este somente característica de sua obra literária. Vian definia-se patafísico.

25 de abril de 2010

Simpósio

Simpósio (em grego: συμπόσιον, transl. sympósion) é um termo que se referia, na Grécia Antiga, a uma festa onde se bebia (o verbo grego sympotein significa "beber junto"), geralmente realizada depois de um banquete, e durante a qual eram travados diálogos e conversas intelectuais, enquanto escravos ou empregados faziam apresentações de música e dança. Recentemente o termo passou a designar qualquer conferência acadêmica, ou um estilo de aula, ministrada em universidades, que segue um formato abertamente discursivo e não o formato tradicional de uma palestra ou perguntas e respostas.


As elegias simpóticas de Teógnis de Megara e dois diálogos socráticos, o Simpósio de Platão e o Simpósio de Xenofonte, descrevem os simpósios em seu significado original.

Ficção especulativa

Ficção especulativa é um termo que tem sido usado de várias mas distintas maneiras.


Em alguns contextos, foi usado como um termo que abrange um género de ficção que especula sobre mundos que diferem do mundo real de várias e importantes maneiras. Neste género, são geralmente incluídas a Ficção Científica, a Fantasia e o Horror. Apesar da abrangência da expressão, alguns apontam que ela não comportaria as lendas ou mitos folclóricos. Outros acrescentam o gênero História Alternativa como integrante deste termo. Porém, como esta última pode ser entendida como "ficção científica", tal inclusão mostra-se uma redundância.

O termo é usado com uma conotação pejorativa nos meios académicos, mas é também usado por escritores, leitores e editores deste género sem qualquer conotação.

No meio literário, esse jargão veio a ser bem aceito pelo fato de que "Ficção-Científica" (aportuguesamento de "science fiction", abreviado como "sci-fi" ou "sf") ainda ser visto como pejorativo, pois associa como um só todo, obras muito conceituadas (por exemplo o filme/livro "2001 - Uma Odisséia no Espaço", de Arthur C. Clark) e outras de qualidade discutível.

Noutros contextos o termo foi usado para expressar insatisfação com o que algumas pessoas consideram as limitações da ficção científica per se. Por exemplo, na escrita de Harlan Ellison, o termo pode mostrar que o autor não deseja ser conotado como escritor de ficção científica, e deseja quebrar as convenções do género, seguindo uma nova direcção. Alguns leitores e escritores de Ficção científica, no entanto, consideram este termo insultuoso para a Ficção científica.

O termo é também frequentemente atribuído a Robert A. Heinlein. A primeira vez que se tem conhecimento que usou o termo foi no seu ensaio de 1948, “On Writing of Speculative Fiction”. Heinlein pode ter criado o termo sozinho, mas há uma citação anterior: um artigo na revista Lippincott's Monthly Magazine, publicada em 1889, referindo-se á obra de Edward Bellamy “Looking Backward”.

O uso do termo “Ficção especulativa”, no sentido de expressar insatisfação com o termo Ficção Científica, deu-se nos anos 60 e inícios de 70, sendo usado por Judith Merril e por outros escritores e editores, em consonância com o movimento “New Wave” na ficção científica. Caiu em desuso no meio dos anos 70.

Recentemente, o termo voltou a ser largamente utilizado, e ganhou uma conotação neutra, como convém a um termo que define vários géneros. O seu significado moderno depende do emissor e do contexto.

Uma variação deste termo é “Literatura Especulativa”. Por vezes “Ficção especulativa” é abreviado, em inglês, para “spec-fi”

21 de abril de 2010

O que é Mana

   Acredita-se que o mana  seja um poder espiritual ou força de vida que permeia o universo. Originalmente uma palavra melanésia, é hoje empregada por antropólogos para definir uma força espiritual  em outras religiões primitivas. O mana não é um espírito e não possui desejos ou propósitos – é impessoal e flui de uma coisa para outra, podendo ser manipulado para se alcançar determinados fins. Como exemplo: Talismãs, amuletos e remédios contêm essa força, sendo possível utilizá-la para propósitos “benéficos” ou até mesmo “malignos”.

            Existe toda uma gama de especialistas religiosos – de sacerdotes em gerais; de bàbálóòrìsàs e iyálóòrìsàs; de profetas; adivinhos e reis sagrados da África a curandeiros das Américas e Xamãs da Sibéria e do Ártico. Seu papel, principal, é servir de mediador – em determinados casos em estado de transe extático em outros não. Existindo objetos preparados ritualisticamente para os fins, exemplo: búzios; runas, etc... – entre as pessoas e o mundo espiritual. No caso, um bàbálóòrìsà ou iyálóòrìsà (na Religião de Matriz Africana) tem a função de servir a uma divindade (Olórí = Òrìsà, Divindade, correspondente a cabeça da pessoa e por inteiro (Também definido como “Elemi ou Elemim”, é o dono “eu” (vida) = elé => dono; èmí => alma, espírito, vida) e outras divindades (Eléèdá = Òrìsàs, Divindades, protetores e guias espirituais e coadjuvantes ao Olórí e que vela pela pessoa) efetuando deveres rituais e cerimoniais específicos e também à outros Òrìsàs e principalmente, ao Òrìsà que corresponde adivinhação. Todos são “Elementais” fluídos da natureza, vibrações permanentes dos elementos naturais: fogo; terra; água; ar.  Já, os Exus se usam de “Elementais inferiores” não possuindo inteligência e vontade etc., ficando subordinados aos Òrìsàs donos dos elementos naturais. Onde, os Exus, são apenas como uma imagem (espíritos) que as pessoas sensíveis podem captar e personificar, e se utilizando na maioria das vezes, destes, para fins maléficos, como: amores infrutíferos, vícios e drogas, frustrações dos seres humanos, etc...

            No mundo atual (século XXI), a maior parte dos povos primitivos ainda existentes foi profundamente influenciada pelo contato com sociedades mais “sofisticadas” e suas respectivas religiões. Isso gerou e vem cada vez mais fazendo o surgimento de novos movimentos dentro de religiões primitivas e, em alguns casos, novas religiões (exemplo: Umbanda no Brasil), etc...

            A maioria desses movimentos desenvolveu-se devido à interação com o cristianismo e outros...Na Papua Nova Guiné e em outras ilhas do Pacífico, por exemplo, elementos primitivos e cristãos combinaram-se para dar origem a uma nova sociedade. 

O que é Baha’i?

 É uma religião universal moderna que tem por objetivo a unidade de todas as religiões existentes e o congraçamento espiritual de toda a humanidade tendo evoluído a partir dos ensinamentos de dois visionários persas do século XIX – Mirza Ali Muhammad (1820 – 1850), conhecido como Bab (passagem), e Mirza Husahi Ali (1817 – 1892), conhecido como Baha’ullah (Glória de Deus).

            Baba’ullah anunciou em 1863 que ele era a mais recente de uma série de manifestações divinas – incluindo Jesus, Buda, Maomé e Zoroastro – enviado para redimir e purificar o mundo.

            Baha’ullah foi aprisionado e exilado por inúmeras vezes, tendo estabelecido sua sede na Palestina seus ensinamentos para uma religião baseada em uma nova escritura, o “Kitab Akdas”.

            Seus seguidores acreditam que ele seja uma manifestação de Deus e um curandeiro divino, que veio para aliviar sofrimentos e unir a humanidade.

            Atualmente, o Baha’i possui mais de 5 milhões de membros por todo o mundo, inclusive no Brasil, sendo perseguido no Irã desde 1979.

Religião e Secularismo

No século atual (XXI), particularmente no Ocidente, algumas pessoas têm notado sinais de declínio na religião e sua substituição pelo que chamamos de religião do secularismo (uma crença de que o mundo físico é auto-suficiente e pode ser perfeitamente compreendido pelo discernimento da  ciência moderna, sem consultas a explicações sobrenaturais).


            Embora seja evidente e constado estatisticamente que em algumas sociedades haja um declínio nas religiões organizadas, há poucas provas de que o mesmo ocorra em relação à religiosidade (sentimentos religiosos). Apesar de em muitos países do Ocidente um número cada vez menor de pessoas estar freqüentando regularmente aos Templos Religiosos. Mas, em sua maioria ainda afirma e diz que acredita em Deus. Será que é verdade ! Pois, tal comportamento pode indicar uma mudança nos padrões de religiosidade, e não necessariamente declínio, talvez, retornando ou buscando nas religiões de origens primitivas e baseadas na natureza o seu sentimento religioso. Um exemplo disso é o aumento de novos movimentos religiosos em sociedades ocidentais, oferecendo a cultura de religiões de origens primitivas (que está relacionada com a natureza, como exemplo: as religiões africanistas) e em outros casos as alternativas não-disponíveis no passado, sendo sim, uma nova criação religiosa com origem na mistura de várias religiões e também com vários interesses financeiros. E pregando até quanto vale (numerário, dinheiro) a sua fé em Deus. Desse modo, grupos religiosos, atraem seguidores poucos inteligentes e outros desapontados com as religiões tradicionais, embora no sentimento de muitos ainda conservem uma religiosidade básica.

            É de bom alvitre dizer: Deve-se lembrar também que enquanto as religiões organizadas parece estar declinando no Ocidente, na maioria das regiões do mundo as principais religiões ainda são as universais (especialmente o cristianismo e o islamismo) estão aumentando a uma velocidade considerável. Desse modo, podemos concluir, a religião – sempre presente e em constante mutação – continua sendo um fenômeno quase universal.

Entre o pragmatismo e o idealismo



http://criticanarede.com/html/filos_idealprag.html

Osmose

A osmose é o nome dado ao movimento da água entre meios com concentrações diferentes de solutos separados por uma membrana semipermeável. É um processo físico-químico importante na sobrevivência das células.

A osmose pode ser vista como um tipo especial de difusão em seres vivos.

A água movimenta-se sempre de um meio hipotônico (menos concentrado em soluto) para um meio hipertônico (mais concentrado em soluto) com o objetivo de se atingir a mesma concentração em ambos os meios (isotônicos) através de uma membrana semipermeável, ou seja, uma membrana cujos poros permitem a passagem de moléculas de água, mas impedem a passagem de outras moléculas.

Este tipo de transporte não apresenta gastos de energia por parte da célula, por isso é considerado um tipo de transporte passivo. Esse processo está relacionado com a pressão de vapor dos líquidos envolvidos que é regulada pela quantidade de soluto no solvente. Assim, a osmose pode ajudar a controlar o gradiente de concentração de sais nas células.

Conotação


Conotação é o conjunto de caracteres compreendidos na significação de um dado termo, conceito, etc.

Além do sentido referencial, literal, cada palavra remete a inúmeros outros sentidos, virtuais, conotativos, que são apenas sugeridos, evocando outras idéias associadas, de ordem abstrata, subjetiva.

Linguagem conotativa:

Conotação é o emprego de uma palavra tomada em um sentido incomum, figurado, circunstancial, que depende sempre de contexto. Muitas vezes é um sentido poético, fazendo comparações.
Exemplo:
  • A frieza do olhar
  • A lua nova é o sorriso do céu.

Exemplos de conotação

Os provérbios ou ditos populares são exemplos da linguagem de uso conotativo.
  • "Quem está na chuva é para se molhar" seria o mesmo que: "/Quando alguém opta por uma determinada experiência, deve assumir todas as regras e consequências decorrentes dessa experiência".
  • "Em Casa de ferreiro, o espeto é de pau" é equivalente a que a pessoa faz fora de casa, para os outros, não faz em casa, para si mesma.

Divisões do sentido conotativo

Comparativo
  • Quando compara uma coisa com a outra usando figuras.
  • Exemplo: O homem é forte como o leão.

Sentido figurado

Sentido figurado é o que as palavras ou expressões adquirem, em situações particulares de uso. A palavra tem valor conotativo quando seu significado é ampliado ou alterado no contexto em que é empregada, sugerindo idéias que vão além de seu sentido mais usual. Por exemplo: Viviane é uma flor. O termo flor não adota o mesmo significado que possui no dicionário, sendo que a única maneira de perceber seu significado é por meio de uma análise do contexto em que o termo está inserido.

Metáfora

Metáfora é uma figura de estilo (ou tropo linguístico), que consiste na comparação de dois termos sem o uso de um conectivo.
Cquote1.svg "Amor é fogo que arde sem se ver" Cquote2.svg
O termo fogo mantém seu sentido próprio - desenvolvimento simultâneo de calor e luz, que é produto da combustão de matérias inflamáveis, como, por exemplo, o carvão - e possui sentidos figurados - fervor, paixão, excitação, sofrimento etc.
Didaticamente, pode-se considerá-la como uma comparação que não usa conectivo (por exemplo, "como"), mas que apresenta de forma literal uma equivalência que é apenas figurada.
Cquote1.svg Meu coração é um balde despejado Cquote2.svg

Alegoria

Uma alegoria (do grego αλλος, allos, "outro", e αγορευειν, agoreuein, "falar em público") é uma figura de linguagem, mais especificamente de uso retórico (vide: retórica), que produz a virtualização do significado, ou seja, sua expressão transmite um ou mais sentidos que o da simples compreensão ao literal. Diz b para significar a. Uma alegoria não precisa ser expressa no texto escrito: pode dirigir-se aos olhos e, com freqüência, encontra-se na pintura, escultura ou noutras formas de linguagem. Embora opere de maneira semelhante a outras figuras retóricas, a alegoria vai além da simples comparação da metáfora. A fábula e a parábola são exemplos genéricos (isto é, de gêneros textuais) de aplicação da alegoria, às vezes acompanhados de uma moral que deixa claro a relação entre o sentido literal e o sentido figurado.


João Adolfo Hansen estudou a alegoria e publicou seu estudo em Alegoria: construção e interpretação da metáfora, distinguindo a alegoria greco-romana (de natureza essencialmente linguística, não obstante o anacronismo) da alegoria cristão, também chamada de hexegese religiosa (na qual eventos, personagens e fatos históricos passam também a ser interpretados alegoricamente). Northrop Frye discutiu o espectro da alegoria desde o que ele designou de "alegoria ingênua" da The Faery Queen de Edmund Spenser as alegorias mais privadas da literatura de paradoxos moderna. Os personagens numa alegoria "ingênua" não são inteiramente tridimensionais, para cada aspecto de suas personalidades individuais e eventos que se abatem sobre eles personificam alguma qualidade moral ou outra abstração. A alegoria foi selecionada primeiro: os detalhes meramente a preenchem. Já que histórias expressivas são sempre aplicáveis a questões maiores, as alegorias podem ser lidas em muitas dessas histórias, algumas vezes distorcendo o significado explícito expresso pelo autor.

A alegoria tem sido uma forma favorita na literatura de praticamente todas as nações. As escrituras dos hebreus apresentam instâncias freqüentes dela, uma das mais belas sendo a comparação da história de Israel ao crescimento de uma vinha no Salmo 80. Na tradição rabínica, leituras alegóricas tem sido aplicadas em todos os textos, uma tradição que foi herdada pelos cristãos, para os quais as semelhanças alegóricas são a base da exegese. Veja também hermenêutica.

Na literatura clássica duas das alegorias mais conhecidas são o mito da caverna na República de Platão (Livro VII) e a história do estômago e seus membros no discurso de Menenius Agrippa (Tito Lívio ii. 32); e várias ocorrem nas Metamorfoses de Ovídio.

20 de abril de 2010

► Direito à Liberdade


http://www.coladaweb.com/direito/direito-a-liberdade

Coação


Coação é um dos vícios do consentimentos nos negócios jurídicos, caracteriza-se pelo constrangimento físico ou moral para alguém fazer algum ato sob o fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família ou a seus bens (Art.151 do CC).

A coação absoluta ou coação física torna nulo o negócio jurídico. O direito de pedir a decretação judicial de nulidade é imprescritível e os efeitos da decretação são retroativos (ex tunc). Já a coação relativa ou moral, quando há opção a quem foi coagido, torna anulável o negócio jurídico. O prazo para entrar com a ação judicial é decadencial e de 4 anos, os efeitos da sentença não são retroativos (ex nunc). Apenas os interessados podem pedir a anulação.

Ius perfectum, é o direito que pode ser aplicado através da coação (força), ou, Direito para o cumprimento do qual é lícito recorrer também a força. Pelo Ius imperfectum: Direito que não pode ser aplicado através da força ou, em outras palavras, para o cumprimento do qual o uso da força seria considerado ilegítimo. Para Kant o Direito está intimamente ligado ao Ius Perfectum. ``Norberto Bobbio´´

Imoral e amoral

Ultimamente, “imoral” e “amoral” têm sido aplicados para designar um mesmo significado: aquele que não tem moral, ética.

É verdade, os dois termos referem-se à questão moral, no entanto, têm relações diferentes com a mesma.

Certa vez, Oscar Wilde disse “a arte não é moral nem imoral, mas amoral”! O que isso quer dizer? Vejamos por etapas e tendo por base o dicionário enciclopédico ilustrado Veja Larousse:


Primeiramente, o que é moral? É o que está “de acordo com os bons costumes e regras de conduta; conjunto de regras de conduta proposto por uma determinada doutrina ou inerente a uma determinada condição.”

No mesmo dicionário, moral também é classificada como o “conjunto dos princípios da honestidade e do pudor”. Daí este termo ser tão utilizado em âmbito social, principalmente no político!

Imoral é tudo aquilo que contraria o que foi exposto acima a respeito da moral. Quando há falta de pudor, quando algo induz ao pecado, à indecência, há falta de moral, ou seja, há imoralidade.

Amoral é a pessoa que não tem senso do que seja moral, ética. A questão moral para este indivíduo é desconhecida, estranha e, portanto, “não leva em consideração preceitos morais”. É o caso, por exemplo, dos índios no tempo do descobrimento ou de uma sociedade, como a chinesa, que não vê o fato de matar meninas, a fim de controlar a natalidade, como algo mórbido e triste.

Assim, o que Oscar Wilde quis dizer é que a arte não tem senso do que seja moral, por isso, para alguns, tudo o que é visto não causa assombro, está dentro dos costumes. Já para outros, dependendo do que se vê, é ultrajante, indecente!

Imunidade parlamentar


Imunidades parlamentares são prerrogativas que asseguram aos membros de parlamentos ampla liberdade, autonomia e independência no exercício de suas funções, protegendo-os contra abusos e violações por parte do poder executivo e do judiciário.

Rentabilidade

Rendibilidade é um termo que pode ser compreendido como significando a capacidade de uma certa combinação de factores para produzir lucros, na análise previsional de investimentos.

Numa perspectiva social importam todos os efeitos directos e indirectos da decisão de investimento sobre a economia. Numa perspectiva de empresa a rendibilidade ou rentabilidade dos capitais investidos resulta, necessariamente da combinação de vários factores, dos quais destacamos: factores de natureza operacional como a rentabilidade operacional das vendas, através da percentagem de evolução da margem que geram e o efeito da estrutura de custos fixos e operacionais, bem como a rotação e eficiência desses mesmos capitais; factores de natureza financeira, funcionando essa estrutura de capitais como alavanca do negócio, não podendo deixar de ter em conta os encargos financeiros que necessariamente terão; um outro factor importante é, sem dúvida, os eventuais resultados extraordinários e o seu efeito na empresa e, por último, o efeito fiscal sobre a rentabilidade. Rentabilidade é o retorno esperado de um investimento descontando custos , tarifas e inflação (coloco inflação e não depreciação , pois estamos no ítem investimento de respostas).

Rentabilidade indica o percentual de remuneração do capital investido na empresa. A rentabilidade esperada para micro e pequenas empresas é de 2% a 4% ao mês sobre investimento.

18 de abril de 2010

Instituição total

Instituição total é aquela que controla ou busca controlar a vida dos indivíduos a ela submetidos substituindo todas as possibilidades de interação social por "alternativas" internas. O conjunto de efeitos causados pelas instituições totais nos seres humanos é chamado de institucionalização.


Algumas características importantes das instituições totais são:
  • conselhos de observadores e patronos, normalmente integrados por membros da classe média alta, os chamados "grandes e notáveis"
  • cozinhas, refeitórios e dormitórios coletivos
  • desrespeito aos direitos humanos e à dignidade dos internos
  • envolvimento de internos em trabalhos não-remunerados ou mal remunerados em troca de pequenos privilégios
  • frequência compulsória a cultos religiosos
  • localização rural e/ou isolada
  • regimes autoritários e opressivos
  • regras e código de conduta severos
  • restrições à liberdade pessoal e à posse de objetos pessoais
  • separação rígida dos sexos
  • sistema administrativos hierárquicos
  • uso excessivo de restrições físicas e medicamentosas
  • uso obrigatório de uniformes

Institucionalização

Institucionalização é o termo usado para descrever tanto o processo de, quanto os prejuízos causados a seres humanos pela aplicação opressiva ou corrupta de sistemas de controle sociais, médicos ou legais inflexíveis por instituições públicas, ou sem fins lucrativos criadas originalmente com fins e razões benéficas. Esta normalmente associada às chamadas instituições totais.

Alguns pensadores contemporâneos argumentam que muitas pessoas que trabalham em grandes instituições podem ficar institucionalizadas. As estruturas e rotinas de suporte podem levar ao estreitamento ou redução do senso crítico individual. Este estado mental subserviente pode levar ao desprezo ou a reações retardadas a alterações externas à organização prejudicando sua adaptação a novas circunstâncias.

O Brasil conta hoje com um movimento de desintitucionalização significativo inserido dentro da reforma psiquiátrica brasileira.

Distopia

Uma Distopia ou Antiutopia é o pensamento, a filosofia ou o processo discursivo baseado numa ficção cujo valor representa a antítese da utópica ou promove a vivência em uma "utopia negativa". São geralmente caracterizadas pelo totalitarismo, autoritarismo bem como um opressivo controle da sociedade. Nelas, caem-se as cortinas, e a sociedade mostra-se corruptível; as normas criadas para o bem comum mostram-se flexíveis. Assim, a tecnologia é usada como ferramenta de controle, seja do Estado, de instituições ou mesmo de corporações.

Origem e significado

O primeiro uso conhecido da palavra distopia apareceu num discurso ao Parlamento Britânico por Gregg Webber e John Stuart Mill em 1868. Nesse discurso, Mill disse; "É, provavelmente, demasiado elogioso chamar-lhes utópicos; deveriam em vez disso ser chamados dis-tópicos, ou caco-tópicos. O que é comummente chamado utopia é demasiado bom para ser praticável; mas o que eles parecem defender é demasiado mau para ser praticável." O seu conhecimento do grego antigo sugere que Mill se referia a um lugar mau, em vez de um oposto de utopia. O prefixo grego "dis" ou "dys" ("δυσ-") significa "mau", "anormal", "estranho", a palavra grega "topos" ("τόπος"), significa lugar e o grego "ou-" ("ου") significa "não". Assim, utopia significa "lugar nenhum" e distopia significa "lugar mau".

Intertextualidade

Grosso modo, pode-se definir a intertextualidade como sendo um "diálogo" entre textos. Esse diálogo pressupõe um universo cultural muito amplo e complexo, pois implica a identificação e o reconhecimento de remissões a obras ou a trechos mais ou menos conhecidos. Dependendo da situação, a intertextualidade tem funções diferentes que dependem dos textos/contextos em que ela é inserida.

Evidentemente, o fenômeno da intertextualidade está ligado ao "conhecimento do mundo", que deve ser compartilhado, ou seja, comum ao produtor e ao receptor de textos. O diálogo pode ocorrer em diversas áreas do conhecimento, não se restringindo única e exclusivamente a textos literários.

Na pintura tem-se, por exemplo, o quadro do pintor barroco italiano Caravaggio e a fotografia da americana Cindy Sherman, na qual quem posa é ela mesma. O quadro de Caravaggio foi pintado no final do século XVI, já o trabalho fotográfico de Cindy Sherman foi produzido quase quatrocentos anos mais tarde. Na foto, Sherman cria o mesmo ambiente e a mesma atmosfera sensual da pintura, reunindo um conjunto de elementos: a coroa de flores na cabeça, o contraste entre claro e escuro, a sensualidade do ombro nu etc. A foto de Sherman é uma recriação do quadro de Caravaggio e, portanto, é um tipo de intertextualidade na pintura.

Na publicidade, por exemplo, em um dos anúncios do Bom Bril, o ator se veste e se posiciona como se fosse a Mona Lisa de Leonardo da Vinci e cujo slogan era "Mon Bijou deixa sua roupa uma perfeita obra-prima". Esse enunciado sugere ao leitor que o produto anunciado deixa a roupa bem macia e mais perfumada, ou seja, uma verdadeira obra-prima (se referindo ao quadro de Da Vinci). Nesse caso pode-se dizer que a intertextualidade assume a função de não só persuadir o leitor como também de difundir a cultura, uma vez que se trata de uma relação com a arte (pintura, escultura, literatura etc).

Tipos de intertextualidade

Pode-se destacar sete tipos de intertextualidade:
  • Epígrafe - constitui uma escrita introdutória.
  • Citação - é uma transcrição do texto alheio, marcada por aspas.
  • Paráfrase - é a reprodução do texto do outro com a palavra do autor. Ela não se confunde com o plágio, pois o autor deixa claro sua intenção e a fonte.
  • Paródia - é uma forma de apropriação que, em lugar de endossar o modelo retomado, rompe com ele, sutil ou abertamente. Ela perverte o texto anterior, visando a ironia ou a crítica.
  • Pastiche - uma recorrência a um gênero.
  • Tradução - a tradução está no campo da intertextualidade porque implica a recriação de um texto
  • Referência e alusão