Os primeiros que se identificaram como anarquistas (Proudhon, Bakunin, Berkman, Goldman, Malatesta e outros) respondiam a seus contextos especificos com suas próprias motivações e desejos específicos. Muito frequentemente, os anarquistas contemporâneos vêem estas pessoas como representantes e fundadores da anarquia, e criam uma atitude do tipo "o que bakunin faria" (ou melhor, "pensaria") a respeito da anarquia, o que é trágico e potencialmente perigoso.
Hoje, os que se identificam como anarquistas "clássicos" se recusam a aceitar qualquer realização em um território desconhecido dentro do anarquismo (ex.: primitivismo,pós-esquerdismo, etc) ou tendências que têm estado frequentemente em desacordo com a aproximação com o movimento de massa dos trabalhadores (ex.: Individualismo, Niilismo, etc). Estes anarquistas rígidos, dogmáticos e extremamente não-criativos foram muito longe em declarar que o anarquismo é uma metodologia social/econômica de organizar as classes trabalhadoras. Isso é obviamente um extremo absurdo, mas tais tendências podem ser vistas nas idéias e projetos de muitos anarco-esquerdistas contemporâneos (anarco-sindicalistas, anarco-comunistas, plataformistas, federacionistas, etc)
O "Anarquismo" como se tem hoje é uma distante ideologia de esquerda, a qual nós devemos ir além. Em contraste, a "anarquia" é uma experiência sem forma, fluída e orgânica que abraça visões multifacetadas de libertação tanto pessoal quanto coletiva e sempre aberta. Como anarquistas nós não nos interessamos em formar uma nova estrutura ou conjunto de regras parar viver e seguir, por mais "ética" ou "discreta" que pareça ser. Os anarquistas não podem oferecer um outro mundo para as pessoas, mas nós podemos levantar questões e idéias, tentar destruir toda dominação que impede nosssas vidas e nossos sonhos e vivermos diretamente conectados com nossos desejos.
Tire realmente as sua dúvidas por aqui: http://www.culturabrasil.pro.br/anarquia.htm
Nenhum comentário:
Postar um comentário