Designação atribuída à posição sintáctica pós-verbal assumida pelo pronome clítico em português europeu. Em português os pronomes "enclíticos" juntam-se ao verbo através de um hífen, como em mo>, ao passo que em castelhano, por exemplo, acoplam-se ao verbo sem hífen: <cómpramelo>), subordinando-se, em ambos os casos, à estrutura silábica do verbo.
Em português do Brasil, não se verificam actualmente enclíticos, à excepção de alguns registos muito cultos e conservadores da língua.
A posição enclítica destes pronomes é a colocação mais esperada e ocorre sempre que não existam palavras na frase que provoquem antecipação do pronome (próclise), como pronomes interrogativos, advérbios de negação, conjunções, etc., e sempre que o verbo não esteja no futuro do indicativo ou no condicional (situação que obriga a mesóclise do pronome).
Dada a sua grande dependência fonológico-sintáctica, os enclíticos sofrem processos de assimilação como, por exemplo, quando as formas verbais terminam por <-r>, <-s> ou <-z>, em que o pronome enclítico acusativo de 3.ª pessoa evolui para (ex: la>, la?>, lo bem feito>).
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