Dado que a vida social transcorre cotidianamente em ambientes sociais muito diversificados, é interessante notar que o conceito de estereótipo gramaticalmente é regido no plural. Pelo menos na nossa língua é mais usual a adoção do termo estereótipos, no plural, do que estereótipo, no singular. Um das principais contribuições do estudo de Katz e Braly (1933) foi a de circunscrever, de forma detalhada, os critérios requeridos para a delimitação e enumeração dos traços associados aos diversos grupos sociais. Mediante a aplicação estas estratégias foi possível caracterizar, à época, os americanos como trabalhadores, inteligentes, materialistas e ambiciosos, os alemães como cientificamente orientados, trabalhadores e estóicos, os irlandeses como brigões, explosivos e espirituosos, os italianos como artísticos, impulsivos e apaixonados, os judeus como astutos, mercenários e sovinas, os chineses como supersticiosos, sonsos e conservadores e os turcos como cruéis, muito religiosos e traiçoeiros.
Esta enumeração deixa claro que os estereótipos se referem a uma constelação de atributos, usualmente traços de personalidade ou características psicológicas estáveis, diferencialmente aplicados pelos indivíduos que pertencem a um determinado meio social aos membros de uma ou várias categorias sociais.
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