5 de dezembro de 2009

Extremismo


O extremismo, em política, refere-se a doutrinas ou modelos de ação política que preconizam soluções extremas, radicais e revolucionárias, para os problemas sociais.

Frequentemente está associado ao dogmatismo, ao fanatismo e à tentativas de imposição de estilos e modos de vida, bem como à negação radical de valores vigentes. O extremismo, unido ao unilateralismo, resulta em total fechamento ao diálogo e à negociação.

No uso corrente, o termo 'extremismo' é muitas vezes (indevidamente) assimilado ao 'radicalismo' e ao 'maximalismo'. Na literatura política, o conceito tem mantido uma conotação pejorativa. Quando referido a posição e comportamento adotados por um movimento, grupo político ou mesmo partidos e grupos parlamentares, o extremismo indica a tendência a um comportamento ou a um modelo de ação política que rejeita as regras de uma comunidade política, não se identificando com as suas finalidades, valores e instituições e procurando transformá-los radical e abruptamente, na linha do tudo agora; por conseguinte, recusa o gradualismo ou o alcance parcial dos objetivos, bem como a negociação e o compromisso.

O comportamento desses grupos se concretiza historicamente por práticas muitas vezes eversivas e violentas, que rejeitam os vínculos formais da transformação do conflito em controvérsia, próprios da tradição parlamentar.

Na história política moderna e contemporânea, o extremismo foi adotado em diferentes ocasiões, por diversos movimentos sociais e políticos, de diferentes orientações ideológicas, principalmente em épocas críticas de intensa mobilização social e de profundas transformações econômicas e institucionais.

O extremismo convencionalmente considerado de direita emana diretamente de classes ou estamentos sujeitos a uma repentina perda de status e de uma drástica redução de sua influência política. É o extremismo daqueles que, "em outros tempos foram possuidores" e cujo comportamento político está voltado para a defesa a todo custo e/ou para a reconquista das suas tradicionais prerrogativas político-sociais. O salazarismo e o franquismo, por exemplo, rompem com o pluralismo democrático pelo lado direito do espectro ideológico.

Já a prática de alguns grupos extraparlamentares de orientação marxista-leninista, por exemplo, pode ser caracterizada como extremista, na medida em que rompe com a democracia burguesa pelo lado esquerdo do espectro. Por fim, segundo Lipset, além dos extremismos da direita e da esquerda, existe um extremismo do centro: o nazi-fascismo.

De acordo com o autor, o nazi-fascismo disputaria a mesma base de apoio social que os liberalismos, ou seja as classes médias, pequenos empresários e profissionais anticlericais.

Radicalismo: no sentido filosófico pode ser definido como uma política doutrinária reformista que prega o uso das ações extremas para gerar a transformação completa e imediata das organizações sociais.

O Radicalismo propriamente dito é uma variante do Liberalismo que prega o reformismo de choque e a revolução social. Foi uma força política importante da esquerda Europeia no século XIX.

Franquismo: é um regime político aplicado na Espanha entre 1939 e 1976, durante a ditadura do general Francisco Franco (que morreu em 1975).

Salazarismo: sistema político, financeiro e econômico de Oliveira Salazar, vigente em Portugal de :1928 a abril de 1974.

Mais sobre salazarismo: http://asvinhasdaira.wordpress.com/2007/03/06/o-salazarismo-e-um-fascismo-um-comentario/

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